Procurador será investigado

Duas representações remetidas à Corregedoria do Ministério Público Federal (MPF) questionam mensagens enviadas pelo procurador da República de São Paulo Anderson Santos, que, em uma rede interna da instituição, teria afirmado que a mulher teria uma "obrigação sexual" a cumprir em relação ao parceiro — o que classificou como "débito conjugal". Além disso, ele teria dito que o feminismo seria uma espécie de transtorno mental. A Corregedoria avaliará se há elementos para investigar a conduta de Anderson, que ficaria sujeito a advertência, censura, suspensão ou mesmo demissão. O procurador nega ter feito defesa de estupro e que fez o comentário para incentivar um debate, entre os colegas, sobre a monogamia e a criminalização do adultério. Porém, para as procuradoras — que defendem a investigação —, a tese defendida por Anderson incentivaria o "estupro matrimonial".