O delegado Rafael Lopes Azevedo, conhecido como “Tchô-Tchô”, ex-chefe da Delegacia Especializada ao Furto e Roubo de Cargas (Depatri) e que teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça, por meio da 2ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores, continua foragido. No entanto, a Polícia Federal conseguiu, nos últimos três dias, prender outros integrantes da quadrilha, em sua maioria formada por policiais.
O policial fugitivo é procurado pela Operação Terceiro, realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), comandada pela Polícia Federal (PF) e composta pelas polícias Militar, Civil e Penal. Algo em torno de dez integrantes da quadrilha já estão presos, segundo apurou a redação.
A última prisão foi de um policial que trabalha dentro do Detran e é considerado o operacional da quadrilha comandada pelo delegado “Tchô-Tchô”. Tal homem seria o responsável pela lavagem de dinheiro do grupo de criminosos.
Já se sabe também que o grupo está envolvido em outras atividades, todas ligadas a fraudes em veículos, que teriam tido início a partir da nomeação de “Tchô-Tchô” para a Delegacia de Furtos de Veículos da Polícia Civil.
Inquéritos e investigações
Além disso, existem inquéritos e investigações iniciadas pela Polícia Civil envolvendo integrantes desse grupo.
“Tudo isso, deve-se destacar, revela certa negligência na atividade de Delegado de Polícia que preside inquérito policial, indo ao encontro de tudo o que foi apurado pela FICCO no sentido de oferecimento de vantagem aos policiais”, diz trecho da decisão judicial.
Conforme a FICCO-MG, “a organização criminosa ainda contaria com o auxilio de terceiros e empresas para ocultar os proveitos da corrupção, valendo-se das sociedades empresárias para beneficiar Rafael Lopes de Azevedo".
Ainda de acordo com a Justiça, Azevedo também prestaria uma espécie de consultoria a aliados e se escondeu na casa de outro investigado para se livrar de uma operação na qual era alvo de ação cautelar.