Investigação

MP pede perícia em vídeo de execução de homem por policial

Atuação dos policiais durante operação na Vila Barraginha, em Contagem, agora será alvo de investigação criminal, informou o Ministério Público

Bruno Luis Barros - Especial para o EM
postado em 22/07/2022 12:57 / atualizado em 22/07/2022 12:58
 (crédito: Vídeo/Reprodução)
(crédito: Vídeo/Reprodução)

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou nesta quinta-feira (21/7) que pediu análise pericial no vídeo que mostra um homem de 29 anos – suposto chefe do tráfico de drogas na Vila Barraginha, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte – sendo morto por um policial militar.

As imagens que ganharam as redes sociais mostram o momento exato em que Marcos Vinícius Vieira Couto é executado atrás de uma Kombi com três disparos de arma de fogo.

Em coletiva realizada no domingo (17/7), a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) afirmou que Marcos reagiu a uma abordagem das autoridades, tentando pegar a arma do policial. Entretanto, a família apresentou outra versão dos fatos, dizendo que ele colaborou durante as diligências no local.

 

Agora, o MPMG disse que “requisitou ao Instituto de Criminalística da Polícia Civil a realização de análise pericial no vídeo, com as imagens do fato, para tentar constatar se a vítima praticou alguma agressão ou tentou se apoderar da arma do policial”.

Por fim, o Ministério Público mineiro esclareceu que a “Notícia de Fato”, anteriormente instaurada, “foi convertida em Procedimento Investigatório Criminal”.

 

Suposta abordagem abusiva da PM

Após a execução no último sábado (16/7), o policial militar foi levado para o 39º Batalhão. Na ocasião, a PMMG disse que o major passaria por avaliação psicológica para ver se poderia retornar ao trabalho.

 

O fato de o militar ter conduzido Marcos até a parte de trás de uma Kombi, que estava estacionada, também foi pontuado. De acordo com a PM, o local estava cheio de pessoas, e a intenção era isolar o suspeito em uma parte mais tranquila para o prosseguimento da abordagem com segurança. Sobre o vídeo que circula nas redes, os militares afirmam que as imagens foram cortadas.

Já a família diz que Marcos estava desarmado e não reagiu. Eles admitem que ele tinha envolvimento com o tráfico de drogas, porém, negam que ele tenha resistido à abordagem e muito menos que tenha sido agressivo.

 


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