Crime Organizado

PF prende mais integrantes de quadrilha chefiada por delegado

Maioria dos integrantes da quadrilha era formada por policiais civis que estão na ativa. Delegado segue foragido.

Estado de Minas
postado em 08/07/2022 09:16
 (crédito: PF/Divulgação)
(crédito: PF/Divulgação)

O delegado Rafael Lopes Azevedo, conhecido como “Tchô-Tchô”, ex-chefe da Delegacia Especializada ao Furto e Roubo de Cargas (Depatri) e que teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça, por meio da 2ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores, continua foragido. No entanto, a Polícia Federal conseguiu, nos últimos três dias, prender outros integrantes da quadrilha, em sua maioria formada por policiais.

O policial fugitivo é procurado pela Operação Terceiro, realizada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), comandada pela Polícia Federal (PF) e composta pelas polícias Militar, Civil e Penal. Algo em torno de dez integrantes da quadrilha já estão presos, segundo apurou a redação.

A última prisão foi de um policial que trabalha dentro do Detran e é considerado o operacional da quadrilha comandada pelo delegado “Tchô-Tchô”. Tal homem seria o responsável pela lavagem de dinheiro do grupo de criminosos.

Já se sabe também que o grupo está envolvido em outras atividades, todas ligadas a fraudes em veículos, que teriam tido início a partir da nomeação de “Tchô-Tchô” para a Delegacia de Furtos de Veículos da Polícia Civil.

Inquéritos e investigações

Além disso, existem inquéritos e investigações iniciadas pela Polícia Civil envolvendo integrantes desse grupo.


“Tudo isso, deve-se destacar, revela certa negligência na atividade de Delegado de Polícia que preside inquérito policial, indo ao encontro de tudo o que foi apurado pela FICCO no sentido de oferecimento de vantagem aos policiais”, diz trecho da decisão judicial.


Conforme a FICCO-MG, “a organização criminosa ainda contaria com o auxilio de terceiros e empresas para ocultar os proveitos da corrupção, valendo-se das sociedades empresárias para beneficiar Rafael Lopes de Azevedo".


Ainda de acordo com a Justiça, Azevedo também prestaria uma espécie de consultoria a aliados e se escondeu na casa de outro investigado para se livrar de uma operação na qual era alvo de ação cautelar.

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