Os restos mortais do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista Dom Phillips chegaram, na noite de ontem, a Brasília para serem periciados. O avião da Polícia Federal (PF) partiu de Manaus de manhã e pousou no Aeroporto Internacional de Brasília às 18h34, seguindo direto para o hangar da corporação.
Dois caixões foram retirados da aeronave e carregados por policiais federais para dentro do hangar. O desembarque durou em torno de 10 minutos. De lá, os despojos seguiram para o Instituto Nacional de Criminalística da PF.
De acordo com fontes da corporação, "há grandes chances" de que os corpos sejam realmente de Bruno e Dom, mas apenas uma perícia pode confirmar as identidades. Os exames serão chefiados pelo diretor do Instituto, Ricardo Guanaes. O prazo inicial para a conclusão das análises é de 15 dias, mas o laudo pode sair antes disso.
A polícia busca, junto aos parentes de Bruno e Dom, amostras de material genético e outros elementos que podem ajudar na identificação dos dois corpos. A análise deve começar hoje e o material biológico passará, primeiro, por uma avaliação dos peritos para determinar quais exames serão necessários para a identificação.
Segundo Guanaes, a identificação das vítimas e a análise das causas da morte serão realizadas paralelamente, para agilizar os resultados. Entre os elementos avaliados nos exames estão marcas em tecidos e ossos, e possível presença de projéteis.
Apesar dos restos mortais terem sido encontrados, as investigações do crime continuam. A perícia realizada em Brasília poderá ajudar a esclarecer a sequência do crime. (VC)