O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), afirmou que o Conselho manifesta profundo pesar pelos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, na região do Vale do Javari, no oeste do Amazonas. Por meio de nota, o ministro disse ainda que um grupo de trabalho do CNJ acompanhará as investigações do caso. O texto ainda garante às famílias e amigos das vítimas que a luta da dupla pela preservação da amazônia jamais será esquecida.
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Segundo a Polícia Federal (PF), Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", preso por ser um dos suspeitos pelo sumiço do jornalista e do indigenista, confessou ter assassinado os dois. Dom e Bruno estavam desaparecidos desde 5 de junho.
O local onde Dom e Bruno foram assassinados tem histórico de violência. Em 2019
Desde 2018, base da Funai que fica na região sofreu pelo menos oito ataques; em 2019, outro colaborador foi assassinado.
Além de Amarildo, o irmão dele e um terceiro suspeito também foram presos.
Segundo Fux, um grupo de trabalho criado no âmbito do CNJ vai acompanhar os desdobramentos do caso, bem como a punição dos eventuais culpados.
Leia na íntegra nota divulgada pelo ministro Fux:
"Os Observatórios de Direitos Humanos e do Meio Ambiente do Conselho Nacional de Justiça manifestam profundo pesar diante das informações da confissão dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Philips.
O Grupo de Trabalho criado no âmbito do CNJ vai acompanhar os desdobramentos e a efetiva punição dos eventuais culpados, para garantia da célere prestação da justiça. Este acompanhamento será feito pelos representares da sociedade civil que compõem os Observatórios.
Em nome dos Observatórios e do Grupo de Trabalho, o Ministro Luiz Fux manifesta extrema tristeza pelos acontecimentos e afirma às famílias e aos amigos que a luta do indigenista e do jornalista para garantia dos direitos humanos e da preservação da Amazônia jamais será esquecida."
Corpos chegam a Brasília
Os restos mortais que podem ser do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira desembarcaram por volta das 18h desta quinta-feira (16/6) no Aeroporto de Brasília.
Os corpos seguiram para o Instituto de Criminalística da corporação, onde passarão por identificação para confirmar se são mesmo de Bruno e Dom. A expectativa é que os exames estejam prontos até na próxima semana.
As investigações seguem em andamento, mas sob sigilo, segundo a Polícia Federal.