Os restos mortais encontrados nas buscas pelo jornalista Dom Philips e pelo indigenista Bruno Pereira nesta quarta-feira (15/6) chegam a Brasília nessa quinta (16). Os corpos foram enviados para Tabatinga e serão transferidos para o Distrito Federal, onde passarão por identificação no Instituto de Criminalística.
A confirmação de que "remanescentes humanos" foram durante escavações nas buscas pelos dois desaparecidos na Amazônia foi dada pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, em postagem no Twitter na noite de hoje. Torres disse que as informações são da Polícia Federal. “Eles serão submetidos à perícia. Ainda hoje, os responsáveis pelas investigações farão uma entrevista coletiva em Manaus”, disse. A coletiva está prevista para ocorrer às 20h30.
Servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) também anunciaram que se pronunciarão oficialmente à imprensa logo após as informações da PF. "Os servidores, que também estão em greve, apenas aguardam declaração oficial da Polícia Federal, às 20h30, para se manifestarem sobre as buscas por Bruno Pereira e Dom Phillips", informaram os servidores, em nota. A greve começou em 13 de junho.
Desaparecidos na Amazônia
Dom Philips e o indigenista Bruno Araújo desapareceram em 5 de junho. A última vez que eles foram vistos com vida foi na comunidade de São Gabriel. Bruno acompanhava Dom como guia, e era a segunda vez que eles viajavam pela região. Um dos suspeitos presos confessou o crime e disse que as vítimas foram mortas, esquartejadas e tiveram os corpos incinerados. Ele disse aos policiais que não foi o “responsável pela execução”, mas que ajudou a esconder os restos mortais e que mostraria o local aos investigadores.
Dois suspeitos estavam presos, temporariamente, durante as investigações. Amarildo da Costa de Oliveira, 41 anos, conhecido como "Pelado", foi preso em flagrante em 7 de junho. Na última terça-feira (14/6), o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, 41, conhecido como “Dos Santos”, também foi preso suspeito de ajudar na execução do crime.