Amazônia

Presidente da Funai diz que cheias do rio podem dificultar buscas

De acordo com o presidente, apesar do aparato, a área é inóspita e o período de alta do rio dificulta a localização

Sobre as buscas pelo indigenista, Bruno Araújo, e o jornalista inglês, Dom Philips, o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Xavier, assegurou, nesta quinta-feira (9/6), que o órgão esteve presente desde o início da operação, mas que as dificuldades naturais da área pioram os resultados.

"Precisamos compreender que o Vale do Javari é aproximadamente a área de Portugal, uma área muito inóspita. Lá tem de 8 a 10 mil indígenas isolados e faz fronteira com o Peru", declarou durante entrevista concedida ao programa Voz do Brasil, da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).

Ainda de acordo com ele, a região está com cheia dos rios, por causa da época do ano e isso pode atrapalhar a localização nas buscas. "Nessa época, o rio está em cheia e as vazantes são muito grandes, então, o rio cresce muito nas margens. Isso dificulta bastante a localização", explicou.

A Funai e a Força Nacional disponibilizaram 15 servidores para a operação, sob a coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Em nota, na terça-feira (7/6), o órgão detalhou que mantém quatro embarcações em deslocamento, saindo da Base de Proteção Etnoambiental (Bape) Itui-Itaquaí, de Atalaia do Norte (AM) e da Bape Quixito, para percorrer o trajeto do rio Quixito. O reforço tem ocorrido tanto via fluvial, quanto terrestre.

Além disso, a operação conta com 250 agentes, duas aeronaves, três drones, 16 embarcações e 20 viaturas para dar apoio às investigações. De acordo com o governo, os agentes envolvidos são especialistas em selva e mergulhadores.

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