As chuvas continuam castigando o Recife e a Grande Recife, em Pernambuco, causando perdas, transtornos, paralisação parcial ou total de serviços da cidade. Além disso, 106 pessoas morreram nesses dias, conforme as informações atualizadas até a publicação deste texto pela Defesa Social e das forças de segurança pública.
Em meio ao caos, em particular, as cidades pernambucanas de Jaboatão dos Guararapes, as Forças Armadas foram acionadas para prestar apoio à população afetada, integrando o Gabinete de Crise do Governo do Estado de Pernambuco. No sábado (28/5), a Marinha do Brasil iniciou um trabalho de resgate de vítimas ilhadas no município.
Em nota, a Marinha reforçou sua atuação na região, por ordem da presidência da República por meio do Ministério da Defesa. “Foram resgatados os moradores da Comunidade Lagoa Olho D'Água, em Candeias, desabrigados por conta das fortes chuvas. Além dos resgates, os militares da Marinha atuaram na distribuição de alimentos e água mineral à população ilhada”, escreveu a Marinha.
Já, a partir desta terça-feira (31/5), a Marinha abriu outras três frentes, como o auxílio ao Corpo de Bombeiros para resgatar moradores atingidos pelos deslizamentos na Comunidade dos Milagres; o apoio à Defesa Civil na instalação de lonas de proteção em áreas de risco na Comunidade de Lagoa Encantada; e a distribuição de cestas básicas.
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Marinha em Pernambuco
Segundo as informações divulgadas, as quatro frentes contam com cerca de 150 militares, 12 viaturas e 6 embarcações. Foram deslocados pessoal e material a partir de Natal, no Rio Grande do Norte, e de João Pessoa, na Paraíba.
A partir desta quarta-feira (1º/6), um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais que estava realizando uma Operação com a Marinha Francesa em Fortaleza, no Ceará, com aproximadamente 100 militares e 9 viaturas — incluindo três Carros Lagarta Anfíbios —, se deslocará para Pernambuco, a fim de apoiar as ações emergenciais.
“Para se chegar a esse número, cruzamos uma série de informações disponíveis, como as ocorrências geradas no Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods), os resgates feitos nas áreas afetadas, perícias feitas no Instituto de Medicina Legal (IML) e relatos feitos por familiares aos serviços de defesa civil e assistência social. Há um esforço de todos para, além de termos precisão no monitoramento e atualização da situação, também fornecer o apoio necessário às vítimas e familiares neste momento de dor”, disse, em comunicado, o secretário de Defesa Social, Humberto Freire.