Londres, Reino Unido- Um relatório sobre alegações contra Meghan Markle por suposto assédio a funcionários da família real britânica provocou mudanças na gestão de recursos humanos, mas seus detalhes não serão publicados, de acordo com um alto funcionário da coroa.
O Palácio de Buckingham lançou uma investigação no ano passado e coletou depoimentos de funcionários sobre suas experiências com a duquesa de Sussex antes que ela e seu marido, o príncipe Harry, partissem para a Califórnia em janeiro de 2020.
Durante uma reunião sobre o relatório financeiro anual da família real divulgado na terça-feira, uma fonte sênior do palácio disse que os detalhes da investigação não serão divulgados para proteger a privacidade dos envolvidos.
"Devido à confidencialidade das discussões, não comunicamos os detalhes das recomendações", justificou.
"As recomendações foram incorporadas às políticas e procedimentos quando necessário, e as políticas e procedimentos mudaram", acrescentou.
Meghan e Harry chocaram a família real quando acusaram alguns membros de racismo durante uma entrevista concedida à estrela de televisão americana Oprah Winfrey.
Essas acusações e a entrevista com o duque e a duquesa de Sussex agravaram a crise na família, que já havia sido abalada pelas revelações dos vínculos entre o príncipe Andrew e o falecido magnata e pedófilo Jeffrey Epstein.
As relações entre Harry e seu pai, o príncipe Charles, se deterioraram, mas uma fonte real disse que o herdeiro do trono teve um primeiro encontro "muito emocional" com sua neta Lili este mês.
Harry e Meghan mantiveram um perfil discreto nas celebrações do Jubileu de Platina da rainha Elizabeth II. Vindo da Califórnia, o casal compareceu às comemorações com seus filhos Archie, de três anos, e Lili, um.
- Inflação chega a Buckingham -
A reunião foi realizado por ocasião da publicação do relatório 2021-2022 do Sovereign Grant, o valor pago à monarquia para desempenhar suas funções e manter suas propriedades.
Este relatório mostra que a pandemia ainda prejudica a renda gerada pela família real, que é menos da metade dos níveis anteriores à crise sanitária devido à queda nas visitas turísticas aos palácios.
O gerente financeiro da família, Michael Stevens, alertou que suas finanças podem ser prejudicadas pela inflação.
"Olhando para o futuro, com o Sovereign Grant provavelmente estagnado nos próximos dois anos, a pressão da inflação sobre os custos operacionais e nossa capacidade de gerar receita suplementar provavelmente serão limitadas no curto prazo", explicou.
O gasto anual da família real subiu para 86,3 milhões de libras no ano fiscal que termina em março de 2022, um pequeno aumento em relação ao anterior. Esse valor equivale a 15% dos benefícios do espólio da Coroa.
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