O Ouvidor das Polícias de São Paulo, Elizeu Soares Lopes, requisitou nesta quarta-feira, 22, ao delegado-geral de polícia, Osvaldo Nico Gonçalves, a prisão temporária de Demétrius Oliveira de Macedo, procurador municipal de Registro - cidade no Vale do Ribeira, a 190 quilômetros de São Paulo - que agrediu brutalmente a procuradora-geral da cidade, Gabriela Samadello Monteiro de Barros, com socos e pontapés na segunda-feira, 20.
Na tarde de segunda, conforme o vídeo divulgado, Macedo entrou na sala de trabalho da procuradora e desferiu uma cotovelada na vítima, que caiu e passou a ser alvo de socos
— Correio Braziliense (@correio) June 22, 2022
A cena foi filmada por outra funcionária e divulgada nas redes sociais pic.twitter.com/yd3RoCp0A1
Citando as 'imagens impactantes' das agressões, Lopes avalia que a prisão temporária do procurador é 'necessária a fim de salvaguardar o direito da vítima'. A requisição assinada pelo ouvidor, enviada ao chefe da Polícia, deve ser encaminhada posteriormente à delegacia responsável pela investigação, que é a responsável por eventualmente pedir à Justiça a decretação de medida cautelar contra Demétrius.
Como mostrou o Estadão, as agressões de Demétrius contra Gabriela foram registradas em vídeo. Após derrubar a procuradora-geral, ele dá socos e pontapés na mulher, a quem é subordinado. Também a chama de "vagabunda" e "puta".
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Outras duas servidoras tentam conter Macedo. Uma delas é empurrada com violência contra uma porta fechada. A outra arrasta Gabriela para tentar afastá-la do agressor. O procurador só foi contido após a intervenção de outros funcionários que ouviram os gritos de socorro.
O caso foi registrado como lesão corporal na Delegacia de Defesa da Mulher de Registro. A prefeitura suspendeu o procurador.
Em entrevista à TV Tribuna, filiada da TV Globo, Gabriela disse que as agressões aconteceram depois que ela pediu a abertura de um processo disciplinar contra o procurador por maus-tratos a outra funcionária. "Foi exposta a minha dignidade como mulher, fui desrespeitada com servidora pública", afirmou.
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