Desaparecimento na Amazônia

Arcada dentária de um dos corpos encontrados é de Dom Phillips, diz PF

A Polícia Federal conseguiu identificar arcada dentária pelo exame enviado pela família do jornalista britânico. Corporação aguarda exames enviados pela família de Bruno Araújo

Tainá Andrade
postado em 17/06/2022 16:21 / atualizado em 17/06/2022 18:10
 (crédito: Joao LAET / AFP)
(crédito: Joao LAET / AFP)

A perícia dos supostos corpos de Bruno Araújo e Dom Phillips, que chegaram na noite dessa quinta-feira (16/6), ao Instituto Nacional de Criminalística de Brasília, começou a mostrar as primeiras identificações. O exame de arcada dentária feito hoje confirma a compatibilidade com o jornalista britânico. A informação foi revelada pelo comitê de crise coordenado pela Polícia Federal do Amazonas.

"O comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal/AM, informa que a Polícia Federal confirma que os remanescentes de Dom Phillips fazem parte do material que foi recolhido no local apontado pelo Sr. Amarildo da Costa Oliveira, que estão sendo periciados no Instituto Nacional de Criminalística. A confirmação foi feita com base no exame de Odontologia Legal combinado com a Antropologia Forense. Encontram-se em curso os trabalhos para completa identificação dos remanescentes, para a compreensão das causas das mortes, assim como para indicação da dinâmica do crime e ocultação dos corpos", informou em nota.

Após essa etapa, será realizado o exame de DNA nos restos mortais de Dom Phillips para uma segunda confirmação. A PF colheu amostras genéticas junto às famílias das vítimas no último dia 10, mesma data em que foram encontrados materiais biológicos "aparentemente humanos".

A identificação da arcada dentária foi possível porque a família de Dom enviou exames que comprovaram as características. A Polícia Federal (PF) aguarda os documentos da família de Bruno Araújo para continuar as comprovações. Enquanto isso, a perícia nos restos mortais do indigenista segue sendo feita.  

A investigação sobre as verdadeiras motivações que levaram os suspeitos a matar a dupla também continua. Pela manhã, a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) soltou nota rebatendo informações divulgadas pela PF que descartavam a suspeita da participação de mandante ou organização criminosa por trás do desaparecimento ocorrido no dia 5 de junho.

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