A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) têm defendido uma ideia controversa: o aumento do prazo de validade dos produtos. Segundo a Abras, todos os anos o desperdício de alimentos gera perdas de R$ 611 milhões para o setor. Pouco mais da metade deste valor (57%) refere-se a produtos descartados em decorrência do prazo de validade vencido. Para as duas associações, o período maior de exposição das mercadorias reduziria consideravelmente a quantidade de alimentos jogada no lixo. Uma das ideias é que se adote o modelo consagrado nos Estados Unidos e na Europa. Nesses países, alguns produtos possuem duas datas de validade. A primeira indica que até determinado dia o alimento tem todas as características asseguradas para o consumo. Na segunda, os fabricantes informam que o produto é seguro, embora possa ter perdido algumas características.
Desperdício de alimentos aumenta fome no mundo
O desperdício tem contribuído para o aumento da insegurança alimentar. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o mundo cultiva comida suficiente para saciar a fome de 9 bilhões de pessoas, mas um terço dos alimentos são perdidos pela ação direta de pragas, colheitas inadequadas, transporte irregular ou simplesmente porque jogamos fora itens não consumidos. Combater esse quadro é dever de empresas, governos e toda a sociedade.
Chatbot do Google provoca debates sobre robôs com consciência
Há muito se discute a possibilidade de inteligências artificiais se tornarem conscientes. Nesta semana, o tema ganhou destaque com a declaração de um engenheiro do Google. Ele disse que um chatbot da empresa se tornou consciente e até reproduziu diálogos que teria mantido com ele. O engenheiro foi afastado e o Google garantiu que o chatbot está longe de ser consciente. Seja como for, o episódio incendiou as redes sociais e mostrou que talvez não estejamos tão distantes de máquinas pensantes.
Renda dos brasileiros cai, mas pobres sofrem mais
A renda de todos os brasileiros encolheu na última década, mas o quadro é mais dramático para quem está na base da pirâmide social. De acordo com o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), os rendimentos desabaram 48% entre os 5% mais pobres. A maior queda se deu entre 2020 e 2021, o que foi resultado sobretudo do aumento da inflação e da redução dos valores liberados pelo Auxílio Emergencial. Os muito ricos (1%) não sofreram tanto. Para eles, o recuo foi de 6,9%.
Rapidinhas
- A multinacional americana DocuSign, líder global em assinatura eletrônica, fez um balanço de suas operações. A empresa diz que, desde 2003, suas ferramentas ajudaram a preservar 20 bilhões de folhas de papel – o volume representa a economia de 140 milhões de toneladas de lixo, 9,5 bilhões de litros de água e 2,5 milhões de árvores.
- Apesar do avanço nos últimos anos, a DocuSign diz que há espaço para mais crescimento. Um estudo feito junto a 604 companhias com menos de 500 colaboradores em dez países, inclusive no Brasil, constatou que 50% delas utilizam assinaturas manuais para a validação de contratos. É esse universo que a companhia quer alcançar.
- A fintech Bullla, especializada em crédito para as classes C e D, tem ajudado a popularizar o sistema P2P (Peer to Peer Lending) no Brasil. A modalidade, que consiste no empréstimo entre pessoas, cresceu 11 vezes em 2021. A empresa projeta fechar 2022 com movimentação de R$ 340 milhões em operações de crédito, incluindo o modelo P2P.
- O aplicativo brasileiro de segurança escolar School Guardian avança no mercado americano. No fim do mês, a plataforma, que atua no país desde 2020, participará da conferência ISTELive 2022, um dos maiores eventos do setor educacional dos Estados Unidos. O app também está presente no Brasil e no Canadá.
US$ 3,7 bilhões
é o valor das dívidas da gigante de cosméticos Revlon, que entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos. A empresa fundada em 1932 se tornou ícone de beleza e agora vive seu pior momento.
“As pessoas deveriam investir pensando no longo prazo. Investir cedo, o máximo que for possível e manter-se assim”
- Howard Marks, megainvestidor americano, cofundador da gestora Oaktree Capital Management, maior empresa de private equity do mundo, e autor do clássico “The most important thing: uncommon sense for the thoughtful investor” (O mais importante para o investidor: lições de um gênio do mercado financeiro”, na versão em português)
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