O Ministério da Saúde foi notificado, na noite dessa sexta-feira (10/6), sobre a confirmação do segundo caso de Monkeypox (MPXV) — conhecido como Varíola dos Macacos — no Brasil. Assim como o primeiro caso o positivo para o vírus, esse foi registrado em São Paulo (SP), em um homem de 29 anos, quando voltava de viagem da Espanha para o Brasil.
Segundo o ministério, o caso foi confirmado por meio de um exame laboratorial do tipo RT-PCR coletado ainda na Espanha, em consultório particular. Já no Brasil, o paciente foi isolado, novas amostras foram coletadas e serão analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
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A pasta informou ainda que, pelo fato de o paciente ter histórico de viagem (Portugal e Espanha), considera-se esse um caso de Monkeypox importado. As medidas de controle foram adotadas de forma imediata, como isolamento e rastreamento de contatos em voo internacional, com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Foram identificadas, ainda, três pessoas que estão sendo contatadas para orientações e monitoramento. O Ministério da Saúde ressalta que estabeleceu, desde 23 de maio de 2022, uma Sala de Situação para monitorar o cenário do Monkeypox no Brasil.
A medida tem como objetivo divulgar de maneira rápida e eficaz as orientações para resposta ao evento de saúde pública, bem como direcionar as ações de vigilância quanto à definição de caso, processo de notificação, fluxo laboratorial e investigação epidemiológica no país.
Primeiro caso
O Brasil confirmou o primeiro caso de varíola dos macacos no país na quarta-feira (8/6). O caso foi registrado na Zona Oeste de São Paulo. O paciente é um homem de 41 anos com histórico de viagem para Espanha e Portugal. Ele está em observação, isolado no Hospital Emílio Ribas.
O que é varíola do macaco?
Com a chegada deste novo vírus, muitos começaram a ir para a internet pesquisar, como a doença age. A varíola do macaco, é uma doença rara cujo patógeno pode ser transmitido do animal para o homem e vice-versa. Segundo o médico sanitarista e professor da Faculdade de Saúde Pública da UPS, Gonzalo Vecina Neto, seus sintomas são semelhantes em menor escala aos observados em pacientes antigos de varíola, como febre, dor de cabeça, dores musculares e dorsais durante os primeiros cinco dias.
“Depois, aparecem erupções — no rosto, palmas das mãos e solas dos pés —, lesões, pústulas e finalmente crostas, devido a glândulas que nós temos no nosso sistema imunológico em torno da boca, da virilha, nas axilas, que crescem porque estão se lutando, estão lutando para combater a entrada de um microrganismo estranho no no corpo”, disse o médico.
De acordo com Vecina, a doença dura 15 dias no total. “Porém ela também tem um tempo longo de incubação, de 10 dias”, explicou. “Pode-se passar através de contato direto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou membranas mucosas de animais infectados. A transmissão secundária, de pessoa para pessoa, pode ser resultado do contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias, lesões na pele de uma pessoa infectada ou objetos recentemente contaminados com fluidos biológicos ou material das lesões de um paciente”, disse.
A doença foi identificada pela primeira vez em humanos em 1970 na República Democrática do Congo, em um menino de 9 anos que vivia em uma região onde a varíola havia sido erradicada desde 1968.
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