Desaparecimento na Amazônia

Comunidade de Cachoeira passa a ser novo alvo de buscas na Amazônia

Pistas surgidas em depoimento de testemunhas levaram equipes voluntárias a encontrar sinais de escavação em área próxima à comunidade de Cachoeira. Agentes envolvidos na operação foram deslocados para a localidade

Tainá Andrade
postado em 10/06/2022 15:32 / atualizado em 10/06/2022 15:41
 (crédito:  Carlos Vieira/CB)
(crédito: Carlos Vieira/CB)

Equipes voluntárias nas buscas a Bruno Pereira e Dom Philips e integrantes da vigilância de território da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) encontraram, nesta sexta-feira (10/6), sinais de escavação às margens do Rio Itaquaí.

A região é próxima à Comunidade de Cachoeira, em Atalaia do Norte, um dos locais investigados pela Polícia Federal do Amazonas (PF).

Mergulhadores do Corpo de Bombeiros, policiais militares, agentes da Defesa Civil, do Exército e da Marinha foram deslocados para a comunidade para investigar.

"O relato é de 'terra batida', como se alguém tivesse cavado algo, enterrado alguma coisa, jogado barro no fundo. Vamos fazer uma varredura no fundo para ver se encontra algo", disse o subtenente do Corpo de Bombeiros, Geonivan de Amorim Maciel ao portal G1 do Amazonas, nesta manhã.

"A gente não pode dizer que tem vestígio concreto no local, mas vamos verificar a situação para ver se realmente tem algo ali que possa identificar os dois desaparecidos", completou.

Pista

Alex Perez, delegado de Atalaia do Norte, afirmou que foram ouvidas duas testemunhas. Elas relataram que foi vista a embarcação de Bruno e Dom, na sequência passou a lancha de Amarildo da Costa, conhecido como Pelado, e por ser um invasor constante na terra indígena do Vale do Javari, que foi preso como suspeito. O rapaz estava acompanhado de mais uma pessoa.

"De ontem (quarta) para hoje (quinta) ouvimos mais duas testemunhas. Uma delas, em viagem à sede do município, nas proximidades da comunidade Cachoeira, próximo ao lago do Ipuca, presenciou o momento em que Dom e Bruno passaram por ele em outra embarcação. E, minutos depois, cerca de dois e três minutos, viu também o Amarildo acompanhado de outra pessoa em outra embarcação passando por ele também. E seguindo viagem em direção à sede do município e em determinado momento viu a embarcação de Amarildo, só que dessa vez ele estava sozinho", declarou o delegado.

Na audiência de custódia, que aconteceu hoje, em Atalaia do Norte, a juíza plantonista da Comarca de Atalaia do Norte, Jacinta Santos, decretou a prisão preventiva de Amarildo. Ele ficará por 30 dias corridos na delegacia da comunidade, enquanto o processo de investigação do desaparecimento ocorre, em segredo de Justiça.

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