Uma mulher ficou mais de 24 horas com uma barata presa dentro do ouvido. O caso ocorreu em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, no último domingo (5/6).
Em entrevista ao site G1, Aline Lopes contou que estava na casa da sogra quando acordou, de madrugada, desesperada com o inseto no ouvido.
Ela decidiu ir ao hospital mais próximo, mas, segundo ela, na unidade não havia especialista de plantão nem material para realizar o procedimento. A mulher disse, no entanto, que os profissionais foram atenciosos e orientaram que ela buscasse atendimento em Macaé ou em São Pedro da Aldeia.
A mulher então decidiu ir até o município vizinho, São Pedro da Aldeia. Lá os enfermeiros tentaram tirar a barata com um sugador, mas não conseguiram realizar o procedimento por falta de equipamento adequado.
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"Uma doutora tentou tirar o bicho com o sugador e começaram a mexer no meu ouvido de novo, que já tava com o tímpano muito machucado por conta da barata e por conta do alicate que estavam enfiando. Eu sentia muita dor e eles me sedaram", disse Aline.
Segundo ela, os profissionais da unidade de saúde da cidade tentaram fazer a transferência dela para um hospital do Rio de Janeiro, mas não conseguiram vaga.
Nesta segunda-feira (6/3), o médico otorrinolaringologista André Defaveri, que atende em uma clínica particular, ficou sabendo do caso e entrou em contato com Aline para retirar a barata. O procedimento foi feito gratuitamente por ele.
O Correio entrou em contato com a prefeitura de São Pedro da Aldeia referente ao atendimento prestado nas unidades. Confira a nota:
"A Secretaria de Saúde informa que a paciente, moradora de Cabo Frio, deu entrada no Pronto Socorro de São Pedro da Aldeia no domingo (05/06), com relato de corpo estranho no ouvido direito (barata). A paciente relatou também que estava em outro hospital e que houve a tentativa de retirar, porém sem sucesso. A gestão municipal solicitou avaliação do otorrinolaringologista, onde foi regulada via SER - Sistema Estadual de Regulação, negada pelo Hospital Estadual Roberto Chabo (HERC), referência na região, por ser fora do perfil da unidade. A Secretaria de Saúde solicitou, ainda, a vaga zero (urgência) à Central Estadual de Regulação e fez contato com o município de Cabo Frio, onde conseguiu o atendimento com o otorrino do ambulatório do Pronto-Atendimento Municipal (PAM) cabofriense. Ao comunicar a paciente, a mesma informou que havia conseguido atendimento em uma clínica particular."
A Secretaria de Saúde de Cabo Frio também foi contactada, mas até a publicação desta matéria não tivemos uma resposta.
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