O jornalista gaúcho David Coimbra morreu nesta sexta-feira (27/5), aos 60 anos, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Desde o último domingo (22/5), ele estava internado para tratar um câncer de rim descoberto em 2013.
A informação foi confirmada pelo jornal Zero Hora (GZH), veículo em que Coimbra era colunista diário e participava dos programas Timeline e Sala de Redação, na Rádio Gaúcha, do Grupo RBS. David deixa o filho, Bernardo, de 14 anos, e a esposa, Márcia.
O jornalista, natural de Porto Alegre, descobriru em 2013 o câncer no rim esquerdo, que acabou espalhando silenciosamente para outras três partes do corpo, por meio de metástases óssea. Após uma cirurgia para retirar o órgão, David passou a viver entre Boston, nos Estados Unidos (EUA), e o Brasil, para tratar a doença.
Nos EUA, o jornalista participava de um estudo clínico inovador que testava a aplicação de imunoterapia. Neste caso, paciente recebe um medicamente que ativa o sistema imunológico no intuito de combater o câncer. Os médicos consideram a resposta do organismo de David excelente, o que ajudou ele a escrever o livro "Hoje eu venci o câncer", em 2018.
Nos últimos meses, o jornalista vinha sofrendo novamente com problemas de saúde e precisou interromper suas atividades no Grupo RBS. No último dia 16, o jornalista publicou, pela GZH, a crônica Quando Quis Morrer, onde relata não somente a sua rotina de dor e mal-estar, mas também o carinho que recebia da família e amigos.
Carreira de sucesso
David, que era formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), passou por diversos veículos de comunicação, como os jornais Correio do Povo, Diário Catarinense, Jornal da Manhã, Jornal NH e Jornal Santa Catarina. Além disso, ele também atuou nas rádios Eldorado e Guaíba e da RCE TV.
O jornalista atuou por muitos anos nas editorias de gerais e políticas, mas, nos anos 1990, assumiu o cargo editor-executivo de Esportes em ZH. Com isso, David começou a explorar a crônica esportiva, algo que o tornou bastante conhecido.
O gaúcho também escreveu alguns romances, como “Canibais — paixão e morte na Rua do Arvoredo”, (2004), e "Jô na estrada" (2010), e ensaios históricos, como "Jogo de damas" (2007) e "Uma história do mundo" (2012), das coletâneas de crônicas "Mulheres!" (2005) e "Um trem para a Suíça" (2011).