A preguiça-de-bentinho (Bradypus tridactylus) Lua, que foi encontrada dentro de uma caixa de papelão, em Manaus, completou um ano de vida. O bichinho foi resgatado ainda recém nascido, e depois acabou levado para reabilitação no Centro de Triagem de Animais Silvestres de Manaus (Cetas/AM).
No momento do resgate, o animal ainda estava ligada a placenta e foi batizada de Lua pela equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por causa da “superlua” que acontecia no momento do resgate.
Quando foi resgatada, Lua já tinha dentes e pouca movimentação, mas para se alimentar e se manter aquecida precisava de ajuda. Os especialistas usaram aquecimento artificial, como bolsas e mantas térmicas. Para a alimentação foi usado leite especial e pedaços macerados de folhas, a fim de simular os resíduos alimentares que o filhote ingere da boca da mãe.
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“Os primeiros dias são momentos extremamente críticos e de muito risco, com alta taxa de mortalidade em cativeiro, o que, somado à baixa taxa metabólica natural das preguiças, torna imprescindível o monitoramento constante”, explica Laynara Santos, uma das primeiras tratadoras de Lua.
Para Laynara, participar dos cuidados da preguiça é gratificante, principalmente se tratando de um neonato. “É uma experiência igualmente carregada de muita responsabilidade, dedicação e temor pela vida do animal.”
Mesmo completando um ano de vida, Lua ainda não tem o peso mínimo para a soltura segura, isso porque Lua passou por um início de tratamento difícil, com diarreias e problemas respiratórios, a equipe do Cetas conseguiu garantir um tratamento seguro.
O preparo para o retorno ao habitat natural ocorre por meio da mudança da alimentação, como a remoção do leite usado na dieta e a diminuição do contato do animal com os tutores e tratadores.
Com informações do Ibama.
*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori