O jovem Symon de Souza Mendes, de 20 anos, foi condenado durante sessão do Tribunal do Júri em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, a 21 anos de prisão pelo homicídio de Rivânia Pereira da Silva, de 40, em 2020. Na ocasião, o corpo da vítima foi esquartejado, colocado dentro de um tambor e concretado no chão do quarto da mãe de Symon – apontada pela Justiça como a responsável por premeditar o assassinato.
Conforme o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que divulgou a sentença nesta segunda-feira (23/5), a pena aplicada considera, ainda, os crimes de ocultação de cadáver e corrupção de menores. O rapaz teve negado o direito de recorrer em liberdade durante o julgamento ocorrido no Fórum Benjamin Colucci, no município, na última quinta-feira (19/5).
Em conluio com a mãe, de 38 anos, o namorado dela à época, de 23, também é apontado na denúncia por planejar a execução de Rivânia, que aconteceu em novembro daquele ano.
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A irmã de Symon – atualmente com 19 anos e que era adolescente no dia do crime – foi, no entendimento da Justiça, corrompida por ele a auxiliar no assassinato. Contudo, os três entraram com recurso visando evitar um julgamento popular e, por isso, a Justiça ainda definirá as datas em que eles serão julgados.
Vítima agonizou por cerca de 40 minutos
Em 6 de julho de 2020, Rivânia Pereira da Silva transferiu a título de empréstimo – por sugestão da mãe do réu durante um atendimento espiritual – a quantia de R$ 26 mil para a conta de Symon, apontou a denúncia oferecida pelo Ministério Público mineiro.
Após a vítima solicitar o dinheiro, os suspeitos atraíram a mulher até a residência sob alegação de que iriam pagar o valor e a executaram em 30 de novembro de 2020. O corpo de Rivânia foi encontrado menos de 15 dias depois, em 14 de dezembro, pela Polícia Civil.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime foi cometido por motivo torpe, por meio de emboscada, e praticado de forma cruel, já que Rivânia foi estrangulada e agonizou por cerca de 40 minutos “até ser colocada debaixo do chuveiro e ir a óbito”.
“Eles alegaram que gastaram o dinheiro dela. Além disso, também utilizaram seu cartão de banco, realizaram saques em caixas eletrônicos e subtraíram objetos em seu apartamento”, explicou, à época do crime, o titular da Delegacia Especializada de Homicídios, delegado Rodrigo Rolli.
Durante a sessão do Tribunal do Júri na semana passada, o promotor de Justiça Lucas Nacur Almeida Ricardo destacou que os envolvidos ocultaram o corpo, que foi colocado em um tambor metálico com cimento, areia, cal e ferramentas, e enterrado embaixo de um sofá no quarto da mãe.
Por fim, uma das acusadas teria, ainda, usado documentos e cartões que estavam na posse da vítima para furtar R$ 100 de uma conta bancária em nome da mãe da mulher morta.