Investigação

Motorista é suspeito de adulterar tacógrafo após acidente com ciclista

Polícia Civil de Araxá cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do investigado e na empresa onde ele trabalha. Ciclista morreu três dias após acidente

Um motorista de caminhão que se envolveu em um atropelamento de um ciclista é suspeito de ter adulterado o tacógrafo do veículo. O acidente que causou a morte de Mauro de Castro Rosa, de 60 anos, ocorreu no dia 7 de abril, na BR-146, entre Araxá e Patos de Minas, na região do Alto Paranaíba.

Nesta quarta-feira (18/5), a Polícia Civil cumpriu dois mandados de busca e apreensão na residência do motorista do caminhão e na empresa para a qual ele trabalha.


De acordo com o delegado de Trânsito de Araxá, Vitor Hugo Heisler, os mandados são referentes a um inquérito instaurado para apuração de crime previsto no artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB): homicídio culposo (quando não há intenção de matar) na direção de veículo automotor.

“Constatou-se que o tacógrafo teria sido adulterado e os discos do dia do acidente retirados, o que ensejou pedido de mandado de busca e apreensão à Justiça, o qual foi deferido. Os discos não foram localizados na sede da empresa e na residência do motorista pelos policiais civis”.

Desta forma, conforme o delegado, o motorista e a empresa responderão também pelo delito previsto no artigo 312 do CTB.

“Inovar artificiosamente, em caso de acidente automobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedimento policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz”.

Vítima do atropelamento, Mauro Rosa foi fundador e proprietário dos Lanches Peninha, uma das mais tradicionais e conhecidas lanchonetes de Araxá. O estabelecimento está em atividade há 40 anos.

Mauro morreu três dias depois do acidente, na madrugada do dia 10 de abril (domingo), no Hospital Santa Casa de Misericórdia, em Araxá.

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