O Ministério da Saúde confirmou, ontem, que investiga dois casos suspeitos da varíola do macaco no Brasil. As notificações foram feitas pelos governos estaduais de Santa Catarina e do Ceará. Um terceiro caso está sendo monitorado no Rio Grande do Sul.
Em nota, o ministério informou que, até o momento, não há nenhum caso confirmado da doença no país. "Dois casos estão em investigação nos estudos de Santa Catarina e Ceará. O ministério da saúde está em contato com estados para apoiar no monitoramento e ações de vigilância em Saúde."
De acordo com a pasta, os pacientes suspeitos estão isolados, em recuperação e sendo monitorados pela vigilância em saúde. "A investigação dos casos está em andamento e será feita coleta para análise laboratorial", detalha a nota do ministério.
A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul afirmou que está investigando "um indivíduo com história de viagem para Portugal", mas o caso ainda está sendo discutido pelo Ministério da Saúde.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o último domingo, 257 casos de varíola dos macacos foram confirmados no mundo, sem nenhuma morte registrada. Na América do Sul, há um caso confirmado na Argentina.
"Esse surto tem característica bastante interessante e peculiar, porque está relacionado a alguns eventos internacionais que ocorreram. Pessoas de diversos países transmitiram a doença para outras e fizeram com que essas voltassem para seu país de origem infectadas pela doença", explica o epidemiologista Jonas Brant.
No dia 23, o Ministério da Saúde estabeleceu uma sala de Situação para monitorar o cenário da varíola dos macacos no Brasil. A medida tem como objetivo elaborar um plano de ação para o rastreamento de casos suspeitos e na definição do diagnóstico clínico e laboratorial da doença.
A varíola humana recebeu esse título ainda em 1980, pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A transmissão da doença ocorre por meio de fluidos corporais, por isso é considerada menos contagiosa do que a covid-19. De acordo com a OMS, a doença é controlável.
Uma vez contraído, o vírus fica incubado por um período de 5 a 21 dias. Os sintomas incluem febre, mal estar, dores, linfonodos inchados, fadiga e calafrios, além das características erupções cutâneas. (ID*)
*Estagiários sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza
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