Trechos de uma aula gravada de curso preparatório para a Polícia Rodoviária Federal que viralizaram na rede social nesta sexta-feira (27/5) mostram um professor rindo ao contar ter aplicado spray de pimenta no porta-malas de uma viatura para conter um suspeito. Foi desta forma que agentes da PRF provocaram a morte de Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, nesta semana, em Umbaúba (SE).
Após o vídeo viralizar na internet o site do cursinho colocou um aviso informando que a plataforma de vídeos está passando por uma atualização e por esse motivo algumas aulas podem estar fora do ar.
Genivaldo foi parado por conduzir uma moto sem capacete. Os policias rodoviários federais imobilizaram o motociclista em uma espécie de câmara de gás improvisada dentro da viatura.
O vídeo que circula nesta sexta-feira (27/5) pelas redes sociais e em grupos de WhatsApp é atribuído ao professor Ronaldo Bandeira. No trecho, o policial rodoviário, que leciona no curso preparatório AlfaCon, narra um episódio ocorrido com ele ao colocar um suspeito na viatura.
“O que que o policial faz? Abre um pouquinho e joga spray de pimenta. Foda-se, é bom pra caralho, a pessoa fica mansinha. Aí, daqui a pouco, só escuto assim 'vou morrer, vou morrer'. Eu fiquei com pena, cara. Eu abri assim e falei: tortura! Sacanagem, fiz isso não”, contou entre risos.
Professor e PRF - Ronaldo Bandeira... Tortura é diversão? pic.twitter.com/gCOEupErY2
— Polícia Do Povo (@PoliciadoPovo) May 27, 2022
A administração do curso preparatório disse ao jornal O Globo que o vídeo, gravado em 2016, tem mais de 3 horas e que o trecho viralizado está fora de contexto. Segundo o cursinho, a aula era sobre Lei Penal 9.455, que trata do crime de tortura.
Nas redes sociais, Ronaldo Bandeira fez uma postagem afirmando que, em breve, a assessoria de imprensa do cursinho soltará uma nota oficial para elucidar os fatos relacionados ao vídeo de 2016.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.