Animal resgatado

Preguiça resgatada em caixa de papelão completa 1 ano

Batizada como Lua, ela foi resgatada pelo Ibama recém nascida dentro de uma caixa de papelão em Manaus

Helena Dornelas*
postado em 26/05/2022 22:42
Preguiça resgatada em caixa de papelão completa 1 ano -  (crédito: Cetas/Ibama/AM)
Preguiça resgatada em caixa de papelão completa 1 ano - (crédito: Cetas/Ibama/AM)

A preguiça-de-bentinho (Bradypus tridactylus) Lua, que foi encontrada dentro de uma caixa de papelão, em Manaus, completou um ano de vida. O bichinho foi resgatado ainda recém nascido, e depois acabou levado para reabilitação no Centro de Triagem de Animais Silvestres de Manaus (Cetas/AM).

No momento do resgate, o animal ainda estava ligada a placenta e foi batizada de Lua pela equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por causa da “superlua” que acontecia no momento do resgate.

Preguiça resgatada em caixa de papelão completa 1 ano
Preguiça resgatada em caixa de papelão completa 1 ano (foto: Cetas/Ibama/AM)

Quando foi resgatada, Lua já tinha dentes e pouca movimentação, mas para se alimentar e se manter aquecida precisava de ajuda. Os especialistas usaram aquecimento artificial, como bolsas e mantas térmicas. Para a alimentação foi usado leite especial e pedaços macerados de folhas, a fim de simular os resíduos alimentares que o filhote ingere da boca da mãe.

“Os primeiros dias são momentos extremamente críticos e de muito risco, com alta taxa de mortalidade em cativeiro, o que, somado à baixa taxa metabólica natural das preguiças, torna imprescindível o monitoramento constante”, explica Laynara Santos, uma das primeiras tratadoras de Lua. 

Para Laynara, participar dos cuidados da preguiça é gratificante, principalmente se tratando de um neonato. “É uma experiência igualmente carregada de muita responsabilidade, dedicação e temor pela vida do animal.”

Mesmo completando um ano de vida, Lua ainda não tem o peso mínimo para a soltura segura, isso porque Lua passou por um início de tratamento difícil, com diarreias e problemas respiratórios, a equipe do Cetas conseguiu garantir um tratamento seguro.

O preparo para o retorno ao habitat natural ocorre por meio da mudança da alimentação, como a remoção do leite usado na dieta e a diminuição do contato do animal com os tutores e tratadores.

Com informações do Ibama. 

*Estagiária sob supervisão de Pedro Grigori

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação