CONSCIÊNCIA RACIAL

Comentarista da Globonews é corrigida ao vivo por usar o termo "denegrir"

A jornalista falava sobre a acusação de estupro contra Damien Abad, ministro recém-nomeado pelo presidente da França, Emmanuel Macron, quando usou a palavra

Correio Braziliense
postado em 25/05/2022 22:05
O episódio ocorreu no Em Pauta, da Globonews, desta terça-feira (24/5). A jornalista pediu perdão pela falha -  (crédito: Globonews/Reprodução)
O episódio ocorreu no Em Pauta, da Globonews, desta terça-feira (24/5). A jornalista pediu perdão pela falha - (crédito: Globonews/Reprodução)

O jornalista Marcelo Cosme corrigiu a comentarista Carolina Cimenti no programa Em Pauta desta terça-feira (24/5), da GloboNews, após o uso da palavra “denegrir”. A jornalista falava sobre a acusação de estupro contra Damien Abad, ministro recém-nomeado pelo presidente da França, Emmanuel Macron, quando utilizou o termo para dizer que a polêmica era uma forma de manchar a imagem do novo integrante do governo francês.

“Carol, a gente dá uns escorregões às vezes e a gente tem que lembrar para não dar um escorregão e há pouco você usou uma palavra que a gente não usa mais, denegrir”, falou o jornalista de maneira cortês à colega. Imediatamente, a jornalista reconheceu a fala. “Eu falei denegrir, perdão'', respondeu a comentarista. Carolina concordou que a fala é inadequada e disse o que queria dizer ao usar o termo. “Não, não se usa mais essa palavra. Eu queria na verdade dizer que essas acusações quisessem diminuir ou manchar a imagem desse homem”, explicou.

“Usei uma palavra que é claramente racista e peço perdão por isso”, se desculpou a profissional. O momento foi encerrado por Marcelo, que agradeceu a correção, antes de chamar um intervalo do programa. “Estamos aqui para isso”, finalizou o apresentador.

Damien Abad, ministro da solidariedade e das pessoas com deficiência, foi acusado por duas mulheres de estupro em 2010 e 2011. As denúncias vieram à tona pela agência de notícias investigativa francesa Mediapart, que publicou um artigo sobre as acusações na semana passada.

De acordo com o The New York Times, o ministro negou as acusações e afirmou que é impossível um ato sexual não consentido ser feito por quem tem artrogripose, uma condição congênita que limita a capacidade de mover as articulações.

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