O influenciador de Santa Catarina, Jesse Koz, 29 anos, e o companheiro de aventuras Shurastey, um cachorro da raça golden retriever, morreram em um acidente de trânsito na estrada US 199, conhecida como Redwood Highway, em Oregon, nos Estados Unidos. A batida que vitimou o viajante ocorreu na última segunda-feira (23/5) e foi confirmada pela família nesta terça-feira (24).
Segundo informações divulgadas pela imprensa de Portland, Jesse teria tentado desviar de um engarrafamento, mas perdeu o controle e foi parar na pista contrária, onde colidiu com outro carro. A motorista do outro veículo ficou ferido e foi levado ao hospital. Já o viajante e o cão morreram no local. Agora, a família tenta trazê-los de volta ao Brasil.
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Jesse Koz estava na estrada desde 2017, em um projeto que intitulou de “Shurastey or Shuraigow?”, inspirado na música Should I Stay or Should I Go, sucesso da banda The Clash que significa Devo Ficar ou Devo Ir. De acordo com a biografia no perfil do Instagram da viagem, Jesse e o cachorro já tinham percorrido mais de 85 mil quilômetros e passado por 17 países.
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Amigos e famosos lamentam as mortes
Celso Portiolli, Rubens Barrichello, Rafinha Bastos e perfis famosos de viagens como Rafael e Lídia Diedrich, Patch in Pixels, Anderson Dias (196 sonhos), entre outros, lamentaram a morte de Jesse e Shurastey.
“Quem ama a vida nunca vai esquecer a história de vocês”, escreveu Rafinha Bastos em uma publicação no Instagram. “A energia dos dois juntos era algo tão mágico que cheguei a pensar que se um dia um ficasse sem o outro, não conseguiriam sobreviver. Quis o destino que vocês nunca se separassem, amigos”, disse Barrichello.
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“Daquelas pessoas que é impossível não amar. Simples de doer no coração dos arrogantes. Uma história fascinante que impressiona qualquer um com a sua humildade e sua verdade em querer viver. ?É difícil cair a ficha”, lamentou Patricia Schussel, do perfil Patch in Pixels.
Além dos famosos, familiares e amigos também homenagearam os aventureiros. “Você fez história, a história mais linda de todas [...] Isso dói muito”, homenageou uma amiga identificada como Jéssica Almeida. Os entes queridos de Jesse criaram uma vaquinha virtual para arrecadar dinheiro com a finalidade de trazer o corpo do viajante e de seu companheiro de volta ao Brasil.
“Jesse volta para casa”, esse é o nome da arrecadação que tinha a meta de juntar R$120 mil. O valor já foi atingido e a família agora cuida para fazer o translado do corpo.
Objetivo era chegar ao Alasca
“Viajando de fusca rumo ao Alasca”, assim descreve o perfil do projeto de Jesse. Com placas de Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina, ele e Shurastey, o golden retriever, cruzavam o mundo a bordo de um fusca 1978, chamado de dodongo.
Na estrada há cinco anos, a dupla — ou melhor, o trio — inseparável passou por Ushuaia, conhecida como “o fim do mundo”, na Argentina, exploraram a América Latina e, depois de mais de um ano longe da estrada em decorrência da covid-19, estavam cruzando o continente norte-americano.
Nos últimos meses, o brasileiro e Shurastey compartilharam momentos felizes nos parques da Disney e da Universal, em Orlando, nas praias de Miami, na capital Washington, cruzaram a Times Square, em Nova York, seguiram pela famosa Rota 66 no Arizona e chegaram até São Francisco, na Califórnia. Nos últimos dias, Jesse, o cão e o fusca estavam acampados no Oregon, de onde seguiriam para o Canadá e, depois, para o Alasca.
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No perfil pessoal de Jesse, a frase que se tornou lema de vida do jovem escrita logo na biografia, para todos que visitam a página recheada de aventuras: “Ou se morre como herói, ou vive-se o bastante para se tornar o vilão”.
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