A fachada do Congresso Nacional, casa do Poder Legislativo, ficou iluminada pelas cores da bandeira LGBTQIA+ — vermelha, laranja, amarela, verde, azul e roxa. O ato ocorreu na noite desta terça-feira (17/5), como forma de apoio ao Dia Internacional de Combate à LGBTIfobia. A iluminação especial foi proposta pela liderança do PSol.
A data foi escolhida porque, nesse mesmo dia, em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) deixou de considerar a homossexualidade como uma doença — o que colocou um ponto final no uso do termo “homossexualismo”.
Mas mesmo assim, 32 anos depois, a data mantém importância, como um alerta sobre a violência que a população LGBTQIA+ continua sofrendo no Brasil e no mundo.
A cada 29 horas, um LGBTQIA+ morre no Brasil. Pelo quarto ano seguido, o país é o que mais mata pessoas da comunidade no mundo, de acordo com dados do Grupo Gay da Bahia no Relatório de Mortes e Violências contra LGBTQIA+ de 2021.
"Tendo esses dados à mão e não ser feito absolutamente nada, ou muito pouco por parte dos órgãos governamentais, significa não só um despreparo, mas também um interesse em que essa comunidade LGBTQIA+ seja dizimada, seja morta", alerta Marcelo Holanda, professor e coordenador do núcleo de práticas jurídicas do Centro universitário IESB.
O professor diz que a data data vale também para que as cobranças continuem sendo feitas a respeito de políticas públicas de inclusão e para que essas pessoas sejam consideradas membros da comunidade.
"É na diversidade que se aprende, é na diversidade que se constrói um futuro, que garante todas as expressões acontecerem de forma natural, de permitir que todas as pessoas sejam aquilo que elas são de forma completa, de forma autêntica e, mais uma vez, não é na homogeneização que se tem a garantia de uma de uma comunidade plural, de uma comunidade que pode contribuir para o bem-estar da coletividade e a gente só consegue esses resultados quando todas as diferenças são respeitadas", afirma.
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