O garimpeiro Eliézio Monteiro Neri, 62 anos, foi preso nessa quinta-feira (5/5) condenado pelo massacre de Haximu, ocorrido em 1993, em que 12 indígenas yanomamis foram brutalmente assassinados. Esse é o primeiro caso a ser reconhecido como genocídio pela Justiça do Brasil.
A Polícia Federal capturou o homem em um bairro residencial de Boa Vista (RR). O mandado de prisão foi expedido pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região em 2018 e valia até novembro de 2029.
Eliézio foi encaminhado para a sede da PF em Roraima e irá aguardar o julgamento em uma penitenciária do estado.
Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), os indígenas foram mortos com tiros e esfaqueados. As 12 vítimas incluíam um homem adulto, uma mulher, duas idosas, quatro crianças, três adolescentes e um bebê.
Cerca de 22 garimpeiros foram acusados pelo MPF de participar da chacina. Contudo, somente cinco, entre eles Eliézio, receberam condenações que chegam a 20 anos pelo crime de genocídio.
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