A ossada encontrada em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte, na tarde da última segunda-feira (25) foi identificada como uma das vítimas do rompimento da Barragem do Córrego do Feijão, da mineradora Vale. A Polícia Civil concluiu a análise do material nesta terça-feira (3).
Os segmentos encontrados são do engenheiro de produção Luis Felipe Alves, natural de Jundiaí-SP e com 30 anos na data do rompimento. Com a identificação, 265 pessoas que morreram após a tragédia já foram reconhecidas e cinco seguem desaparecidas.
A barragem de rejeitos de mineração do Córrego do Feijão, em Brumadinho, rompeu em 25 de janeiro de 2019.Desde então, as buscas seguem para a identificação de todos os desaparecidos em um dos maiores desastres da história do país.
O engenheiro Luis Felipe Alves trabalhava havia três meses no setor administrativo da Vale, quando foi vítima do rompimento. Natural de Jundiaí, ele era torcedor do Paulista e liderava a torcida organizada Raça Tricolor em ações sociais de arrecadação e distribuição de brinquedos e cestas básicas às vésperas do Natal.
A jornalista aposentada Sílvia Helena Ferraz Santos, mãe do engenheiro, disse que assumiu as ações sociais do filho, mas evita falar sobre a tragédia que o vitimou. “Inesperadamente, há quase três anos, o meu filho partiu. E no ano seguinte, o amigo de infância. Eu jamais poderia encerrar a missão idealizada e conduzida por eles” disse à Folha de S.Paulo no ano passado.
Vítimas desaparecidas
Com a identificação de Luís Felipe, cinco vítimas do rompimento da barragem ainda seguem desaparecidas. Saiba quem são:
- Cristiane Antunes Campos: mãe de dois filhos, Cris, como era conhecida por familiares e amigos, começou a trabalhar na Vale como motorista de caminhão e passou para o cargo de técnica em mineração. Ela era supervisora em Brumadinho quando perdeu a vida, aos 34 anos.
- Maria de Lurdes Bueno: conhecida como Malu, era corretora de imóveis e tinha 59 anos quando foi atingida pelo rompimento da barragem. Deixou dois filhos e um neto. Dois outros netos nasceram após a Tragédia de Brumadinho.
- Nathalia de Oliveira Porto Araújo: deixou marido e dois filhos. Morreu aos 25 anos e fazia um estágio de técnica em mineração.
- Olímpio Gomes Pinto: deixou esposa e três filhos. O ex-auxiliar de sondagem tinha 59 anos quando a barragem se rompeu.
- Tiago Tadeu Mendes da Silva: funcionário da Vale em Sarzedo, foi transferido para a mina de Córrego do Feijão 20 dias antes do rompimento da barragem. Ele era recém-formado à época da tragédia e deixou uma filha de 4 anos e um filho de 7 meses.
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