O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, João Doria, aterrissou ontem à noite em Brasília. Ele ficará na cidade até amanhã, com agenda que mistura eventos públicos e muitas conversas de bastidor. O ex-governador paulista corre contra o tempo para viabilizar sua candidatura, seja em consórcio com outros partidos de centro, seja em voo solo. Apesar da rejeição ao seu nome, não só dentro do PSDB quanto nas legendas que tentam construir a chapa da terceira via, Doria não dá sinais de que vá desistir da disputa.
O ex-governador sabe que não conta com a simpatia dos caciques do autodenominado centro democrático, que costura uma alternativa que envolva a senadora Simone Tebet (MDB-MS) como cabeça de chapa. Nos próximos dias, ele vai tentar convencer os companheiros de sigla a ficar unidos em torno do nome dele enquanto estiver no ar a propaganda partidária tucana, que começou a ser veiculada ontem no rádio e na tevê e será exibida até 10 de junho. Ele se apoia na legitimidade das prévias do PSDB, que validaram seu nome para a disputa presidencial, e já conseguiu, ao menos, uma trégua com o ex-governador gaúcho Eduardo Leite, que declarou apoio à pré-candidatura oficial.
A aposta da coordenação da pré-campanha é que, com as peças publicitárias e as viagens que fará pelo país nas próximas semanas, João Doria consiga melhorar a posição nas pesquisas.
Hoje, ele participa, em Brasília, da Marcha dos Prefeitos, organizada pela Confederação Nacional dos Municípios.