Após sofrer uma morte cerebral, em decorrência de dois procedimentos estéticos, a família da engenheira Julia Moraes de 29 anos contou nas redes sociais que doaram os órgãos dela. A mãe da mulher, Patrícia Moraes, falou que teve uma conversa com a jovens poucos meses antes e que ela tinha deixado claro seus desejos, caso algo ocorresse com ela. "Ela disse que não queria velório, não queria ficar numa cama de hospital e gostaria que eu doasse todos os seus órgãos", falou na postagem.
Ela também contou que doaram os órgãos de Júlia e que fariam tudo como a engenheira deseja. "Hoje, Júlia doou todos os seus órgãos e salvou muitas e muitas vidas. Seu coração lindo já bate em outra pessoa", afirmou também no texto.
Veja a postagem na íntegra:
Entenda o caso que levou a trágica morte de Júlia
No inicio de abril, Júlia Moraes fez dois procedimentos estéticos, uma prótese de silicone nos seios e uma lipoaspiração no abdômen, em um clínica em Belo Horizonte (MG).
Após seis horas de cirurgia, Júlia foi levada até o quarto, mas segundo os familiares eles não puderam entrar no local. Algumas horas depois, o cirurgião plástico Renato Nelson, teria falado com a família e comunicado que Júlia teve perda de consciência e que teria sido necessário realizar um procedimento de reanimação.
Ela foi transferida para um hospital até o dia 10 de abril, quando foi transferida para outro. No entanto, Julia já chegou ao local com "com quadro irreversível, tendo evoluído para a morte encefálica, confirmada no dia 22 de abril", segundo informou o portal g1.
A Polícia Civil do Estado apura as causas da morte da engenheira.
A defesa da clínica, que é representada pela advogada Bárbara Abreu, afirmou que estão a disposição para esclarecimentos. "Até o momento não há nenhum indício de má-conduta médica. Aguardamos a conclusão do laudo necropicial do Instituto Médico Legal para novos posicionamentos".
Entenda como ser doador de órgãos?
No Brasil, para ser doador de órgãos o primeiro passo é avisar para familiares, uma vez que a doação deve ser autorizada por eles, segundo informações do Ministério da Saúde.
Mediante a autorização, os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista de espera, única e organizada por estado ou região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
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