Familiares de dois falecidos que tiveram papéis picados colocados dentro de seus caixões se reuniram nesta quarta-feira (20/4) com o chefe de fiscalização do Procon Uberaba, Humberto Raphael de Souza.
Em entrevista à Rádio JM, ele disse que durante a reunião foram apresentados todos os documentos referentes aos fatos que aconteceram no Cemitério São João Batista, na última segunda-feira (18/4), quando familiares descobriram que a Funerária Uberaba, em vez de colocar flores nos caixões, junto aos corpos dos entes queridos, colocou papel e papelão picados.
“Agora, o Procon analisará as denúncias para encontrar as possíveis irregularidades e tomar as providências possíveis. Esta investigação também poderá ser ampliada a todas as funerárias de Uberaba”, informou o chefe de fiscalização do Procon.
A Polícia Militar (PM) foi acionada duas vezes na capela do Cemitério São João Batista, nessa segunda-feira (18/4), quando famílias registraram boletins de ocorrência contra a Funerária Uberaba.
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As duas ocorrências tiveram como testemunha o vereador Pastor Eloisio José dos Santos (PTB) e os dois casos são semelhantes.
Em sessão da Câmara Municipal de Uberaba (CMU) na noite da última segunda-feira (18/4), o vereador falou sobre os supostos crimes, que aconteceram da seguinte forma, segundo ele: primeiro, o funcionário da funerária afirmou aos familiares que não poderiam abrir os caixões, mas durante os velórios as famílias recebem a informação de funcionários do cemitério que já está liberada a abertura dos mesmos. Mas quando os caixões são abertos, para espanto das famílias e amigos, ao lado dos falecidos, em vez de flores, papéis picados.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que as ocorrências foram atendidas e registradas pela PM de Uberaba. “Até o momento, nenhum envolvido nos fatos compareceram à Delegacia de Polícia para esclarecimentos ou adoção de medidas legais cabíveis”.
Funerária Uberaba se desculpa
Em nota, a Funerária Uberaba Ltda pediu desculpas às famílias "em razão dos fatos desabonadores ocorridos no momento dos sepultamentos". Ressaltou que em mais de 50 anos de prestação de serviços
jamais ocorreram episódios que desrespeitassem a dor e a tristeza das famílias.
E termina afirmando que haverá "apuração rigorosa de responsabilidade pela administração da empresa”.
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