Em um vídeo publicado nas redes sociais da Ronda Ostensiva Metropolitana (Romu), da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (GCM), policiais do estado anunciaram o sorteio de uma arma para tentar arrecadar dinheiro para construir uma nova base da corporação.
Nas imagens aparecem três homens fardados que explicaram as regras e informavam ainda que havia um grupo no Whatsapp para as pessoas comprarem a rifa, com valor de R$ 50. O vencedor poderia escolher entre receber a pistola ou R$ 5 mil reais.
A idade mínima para participar do sorteio era 18 anos, mas para receber a arma a pessoa deveria ter mais de 25 anos e apresentar toda a documentação que a lei exige para ter porte de uma arma de fogo.
Após a repercussão do vídeo, o Ministério Público de Goiás (MPGO) e o Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) instauraram um processo para apurar a premiação da rifa.
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A investigação pretende entender a origem da arma de fogo; quem são os guardas municipais responsáveis pelo sorteio; se havia um certificado de autorização, emitido pelo Ministério da Economia, para fazer a rifa; como a corporação faria para garantir que a arma fosse entregue somente à pessoa que tivesse os requisitos de aquisição, registro e o porte previstos em Lei e também saber como funcionaria a transmissão de propriedade da arma de fogo ao futuro sorteado.
Além disso, a nota do MP indica que eles pretendem saber se a corporação tinha conhecimento do artigo 10, inciso III, do Decreto nº 70.951, que proíbe armas, munições, explosivos, fogos de artifício ou de estampido, bebidas alcoólicas, fumo e seus derivados, como objetos de promoção, mediante a distribuição de prêmios.
Em entrevista para o Bom dia Brasil, da TV Globo, Vagner Rodrigues, comandante da Ronda Ostensiva Municipal, informou que a arma era de um agente de segurança pública e disse que ela era totalmente legalizada e registrada. "Ele ofereceu que essa arma fosse sorteada ou vendida para que a gente pudesse juntar fundos também para ajudar nesse projeto [nova base da corporação]".
Até a última atualização desta reportagem, a Guarda Civil Metropolitana não se pronunciou sobre a investigação do Ministério Público e o vídeo com a promoção não estava mais disponível no Instagram.
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