Justiça

Herdeiro do Fofão processa McDonald’s e Carreta Furacão por plágio

Filho do ator Orival Persini diz que personagem Fonfon, usado pelo grupo e em uma propaganda da rede de fast food, é uma "reprodução grotesca" e "imitação dolorosa" do personagem criado pelo pai para o show infantil 'Balão mágico'

Jéssica Gotlib
postado em 18/04/2022 22:29 / atualizado em 18/04/2022 22:29
O juiz Thomaz Ferreira estabeleceu um valor de R$ 40 mil cada para o herdeiro, pelo prazo de um ano ou até que o mérito da ação seja julgado, caso as empresas sigam usando o personagem -  (crédito: Carreta Furacão/Reprodução)
O juiz Thomaz Ferreira estabeleceu um valor de R$ 40 mil cada para o herdeiro, pelo prazo de um ano ou até que o mérito da ação seja julgado, caso as empresas sigam usando o personagem - (crédito: Carreta Furacão/Reprodução)

Pero Vasen Pessini, filho do humorista Orival Pessini, entrou com uma ação na Justiça contra o grupo Carreta Furacão e a rede de fast food McDonald’s por plágio. Isso porque o grupo tem um personagem chamado ‘Fonfon’ que se assemelha a Fofão, integrante do programa infantil Balão mágico, no ar pela TV Globo durante os anos 1980, e que foi uma das estrelas de uma campanha publicitária a partir de setembro de 2021.

Como herdeiro do criador do Fofão, Pero acusa tanto a Carreta quanto o McDonald’s de fazer “uma reprodução grotesca” e “uma imitação dolosa da obra alheia”. O processo, que ainda não teve o mérito julgado, foi revelado pelo colunista Rogério Gentile, do site Uol. Na ação, Persini pede uma indenização de R$ 500 mil e diz ser difícil acreditar que o McDonald’s desconhecesse a origem do personagem ou que a empresa acreditasse que a Carreta Furacão detinha os direitos autorais do Fofão.

Os citados ainda não apresentaram defesa perante a Justiça de São Paulo, mas já foi expedida uma liminar para que os vídeos em que aparece o personagem Fonfon sejam retirados do ar. Em um documento enviado ao herdeiro, a Carreta Furacão disse que Fonfon é uma paródia do personagem criado pelo pai dele e que essa prática não configura violação dos direitos autorais.

Ainda segundo a coluna, o juiz Thomaz Ferreira estabeleceu um valor de R$ 40 mil cada para o herdeiro, pelo prazo de um ano ou até que o mérito da ação seja julgado, que deve ser pago caso as empresas queiram continuar usando a imagem de Fonfon.

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