covid-19

Saúde recomenda a 4ª dose aos maiores de 80

O Ministério da Saúde anunciou, ontem, a recomendação da segunda dose de reforço contra a covid-19 para idosos com mais de 80 anos. A estimativa da pasta é de que 4,6 milhões de idosos sejam imunizados em todo o Brasil. Enquanto isso, o governo de São Paulo e outras cidades se preparam para ampliar as faixas etárias que devem receber a quarta dose, deixando o governo federal de novo para trás.

De acordo com as normas da pasta, a aplicação do segundo reforço deve ser feita quatro meses após o primeiro. Outra orientação é que a quarta dose seja feita, preferencialmente, com a vacina da Pfizer. O ministério garante que há vacinas suficientes para aplicação nos idosos acima dos 80. Os imunizantes da Janssen e da AstraZeneca "também podem ser utilizadas, independentemente do imunizante anterior", assegura a Saúde.

Estados na frente

A quarta dose vinha sendo indicada apenas para pessoas imunocomprometidas com mais de 18 anos, mas estados já se adiantaram na aplicação até mesmo em outros grupos considerados de risco. O Mato Grosso, por exemplo, aplica, desde o início de fevereiro, a quarta dose em idosos com mais de 60 anos, profissionais da saúde, gestantes e puérperas. O Rio Grande do Sul e o Espírito Santo recomendam o reforço para aqueles com mais de 60 anos.

Ontem, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou que "certamente" anunciará outras faixas etárias para receber a quarta dose na próxima semana. "Decidiremos isso (ampliação da 4ª dose) amanhã (hoje) na reunião do PEI (Programa Especial de Imunização) e, certamente, na coletiva da semana que vem estaremos anunciando as outras faixas etárias para a quarta dose", indicou.

Segundo o Ministério da Saúde, a necessidade da aplicação da quarta dose da vacina contra a covid-19 em outras faixas etárias "pode ser revista a qualquer momento". Para o infectologista Julival Ribeiro, a decisão da pasta deveria ser ampliada.

"Espero que, em breve, as pessoas acima de 60 anos também sejam incluídas nessas decisão, porque também fazem parte do grupo mais vulnerável. A maioria das mortes ocorre em casos de idosos, comorbidades e, por isso, essa quarta dose é bem vinda, sobretudo para a população mais idosa", reforçou. (MEC com Gabriela Chabalgoity, estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi)