A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (22/3), a Operação Fake Family, cujo objetivo é combater crimes de promoção da migração ilegal nas cidades de Sardoá e Guanhães, no Vale do Rio Doce.
Segundo a Polícia Federal (PF), a investigação se originou a partir da obtenção de informações compartilhadas pela Polícia de Imigração dos Estados Unidos com a PF brasileira.
A operação foi desenvolvida pela Força-Tarefa Especializada no Tráfico de Pessoas e o Contrabando de Migrantes, da Polícia Federal, que identificou a criação de núcleos familiares inexistentes pelos criminosos, que falsifiicaram documentos públicos com alteração de dados como datas de nascimento, filiações e outros, com o fim de tentar facilitar o ingresso em solo americano.
A criação de falsas famílias, ou fake family, utilizava o golpe do “cai-cai” ao tentar enganar as autoridades de migração do país de destino, como se fossem famílias verdadeiras a migrar acompanhados de seus filhos menores de idade.
A quadrilha, segundo a Polícia Federal, utilizava documento falsificados para viabilizar a viagem de menores desacompanhados ou sem a autorização de pai e mãe, que somente descobriam que seus filhos haviam deixado o país quando já haviam migrado ilegalmente, sem meios de revê-los ou visitá-los.
Os policiais federais também apuraram que diversos viajantes foram vítimas dos contrabandistas, entregando-se à exploração da migração ilegal para os Estados Unidos e falsificação de documentos.
Para pôr fim a essa prática criminosa, a PF representou por quatro mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, expedidos pela Justiça Federal de Governador Valadares.
Esses mandados foram cumpridos nas cidades Sardoá (três de busca e um de prisão) e Guanhães (um de busca). Houve também a determinação de bloqueio de mais de R$ 5 milhões, apreensão e arresto de diversos veículos, imóveis e valores em espécie. As investigações prosseguem.