O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a falar nesta sexta-feira (18/3) sobre um possível fim da emergência em saúde pública de importância nacional, decretada em fevereiro de 2020 em razão do surgimento da covid-19. Segundo o cardiologista, o Brasil caminha para pôr fim à emergência já que, na análise do ministro, a pandemia está em "um cenário de desaceleração franca".
"Nós rumamos para pôr fim a essa emergência sanitária. [...] Essa pandemia é uma guerra e nós estamos bem perto de vencer o nosso inimigo", afirmou o ministro durante discurso em um evento do programa Previne Brasil, realizado em Belo Horizonte.
Queiroga explicou que essa revisão da continuidade da emergência é uma prerrogativa do ministro da Saúde. No entanto, ele disse que não tomará a decisão sozinho, mas com a ajuda de outros Poderes, ministérios e estados e municípios.
"O ministro não vai tomar essa decisão sozinho, vai tomar ouvindo as secretarias municipais e estaduais de Saúde, os outros ministérios, os outros Poderes, para que transmitamos segurança para nossa população", indicou.
Este é um movimento que Queiroga já realiza desde a última semana. O chefe da pasta da Saúde se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); e com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, para discutir sobre a flexibilização de restrições pela pandemia de covid-19.
Flexibilizações
O ministro da Saúde comentou ainda que o atual cenário da pandemia no Brasil permite a flexibilização de medidas. "Temos vários estados e municípios onde a pandemia está sob controle, tanto é assim que em mais de 16 estados já se flexibilizou o uso da mascara", pontuou.
Na quinta-feira (17), o estado de São Paulo desobrigou o uso do item de proteção em locais fechados, com exceção do transporte público e nas unidades de saúde.