MINAS GERAIS

Homem suspeito de matar filho da namorada para defender pais é indiciado

A vítima ameaçou atear fogo na casa dos pais do acusado após agredir sua companheira e suspeitar que ela estava escondida na residência, em Cordisburgo

Um homem de 47 anos foi indiciado pela morte do filho da namorada, em Cordisburgo, na Região Central de Minas Gerais. O homicídio ocorreu na noite de sexta-feira (11/3), no povoado de Barra do Luiz Pereira, na zona rural da cidade.

O suspeito se apresentou à polícia espontaneamente, na manhã desta segunda-feira (14/3), acompanhado de sua advogada. De acordo com a Polícia Civil, o investigado atirou contra o rapaz, de 25 anos, após a vítima ameaçar atear fogo na residência dos pais do suspeito.

As apurações apontam que o jovem, momentos antes, havia agredido sua companheira, que conseguiu fugir. Enquanto a procurava para que retornasse para casa, ele suspeitou que ela estaria escondida no imóvel e por isso a ameça de atear fogo.

Após atingir a vítima com um disparo de espingarda polveira de fabricação artesanal, o suspeito do homicídio teria deixado o local em uma motocicleta.

No dia seguinte, o corpo do jovem foi localizado nas proximidades e encaminhado ao Posto Médico-Legal em Sete Lagoas, também na Região Central de Minas.

O laudo de necropsia concluiu que ele morreu em decorrência de tamponamento cardíaco, causado por instrumento compatível com a arma de fogo.

O inquérito policial foi concluído nesta terça-feira (15/3) e remetido à Justiça.

Noite do crime

Segundo a Polícia Civil, o jovem de 25 anos, embriagado, agrediu fisicamente com um porrete de madeira a companheira, de 23, e a ameaçou de morte. O casal estava no imóvel onde moravam, e o rapaz passou a aterrorizar a vizinhança, acelerando sua motocicleta pela rua e soltando bombas de garrafão por toda parte.

A mulher conseguiu fugir para a casa do namorado da sogra dela, mas foi perseguida pelo jovem e novamente agredida. A mãe do rapaz defendeu a nora e acabou sendo ameaçada de morte pelo próprio filho. O homem determinou que a companheira voltasse para a casa e deixou o local. Aproveitando-se disso, a jovem se escondeu por medo de ser morta.

Algum tempo depois, o rapaz voltou a procurar a companheira e ateou fogo na residência do namorado da mãe dele e também na casa da própria mãe, imaginando que a mulher pudesse estar nesses locais, mas não havia ninguém nos imóveis. Após o ocorrido, o homem foi para a porta da casa dos pais do namorado de sua mãe, um casal de idosos, que vivia no mesmo terreno da primeira casa incendiada.

No local, o rapaz começou a gritar, dizendo que a mulher deveria sair, caso contrário colocaria fogo no imóvel e mataria todos que estivessem ali. O jovem portava uma foice e a todo momento soltava bombas de garrafão com a intenção de intimidar e ameaçar as pessoas.