Se em relação à poliomielite a vacinação deixa a desejar, em relação à covid-19 alguns índices da cobertura vacinal também estão aquém do desejado. Levantamento realizado pela Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Pandemia da Covid-19 (Secovid) do Ministério da Saúde apontou que apenas 37,81% do público acima de 18 anos — ou seja, 60,5 milhões de brasileiros — tomaram a dose de reforço do imunizante contra a covid-19. Por enquanto, o reforço da vacina só é recomendado para os adultos.
Segundo a pasta, entre os estados que possuem mais pessoas aptas a tomarem a dose "extra" que ainda não retornaram aos postos de vacinação estão São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A dose de reforço é recomendada para toda população adulta brasileira desde novembro do ano passado. Os cidadãos devem procurar os postos de saúde para tomarem a dose adicional pelo menos quatro meses após a aplicação da segunda dose.
O levantamento do ministério também indicou que 91,12% da população acima de 12 anos tomaram a primeira dose da vacina e 84,46% desse mesmo público completaram o esquema vacinal.
Novo medicamento
Para buscar novas frentes de combate à covid-19, a pasta abriu, ontem, uma consulta pública para avaliar a incorporação do baricitinibe, medicamento para o tratamento de covid-19, no Sistema Único de Saúde (SUS). A inclusão do remédio, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foi recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).
As contribuições de especialistas e da sociedade podem ser feitas, na página oficial da Conitec, até 24 de março. A avaliação da comissão indica o baricitinibe para adultos, hospitalizados e que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal. O medicamento tem registro no Brasil para o tratamento de artrite reumatoide ativa moderada a grave e dermatite atópica moderada a grave. (MEC)