O explorador, aviador, escritor e ambientalista Gérard Moss faleceu na última quarta-feira (16/3). Ele morreu, aos 66 anos, em decorrência de complicações causadas pelo Mal de Parkinson. Moss ficou conhecido mundialmente por dar a volta ao mundo, duas vezes, em um avião de pequeno porte. Além de excelente piloto, como amigos e familiares o descrevem, ele também teve importante atuação na preservação ambiental no Brasil.
Nascido na Inglaterra, Moss foi criado na Suíça e se mudou para o Rio de Janeiro em 1980. Em solo brasileiro, ele escolheu fazer morada e adquiriu nacionalidade brasileira. Em 2006, Moss trocou o Rio por Brasília e se instalou na capital com a esposa, a fotógrafa queniana Margi Moss, com quem foi casado por mais de 40 anos.
“Uma vida muito bem vivida. O mundo aos seus pés foi bem visitado, o céu para ti era sempre infinito. A luta em favor do meio-ambiente foi árdua e contínua. Tive muito muito privilégio de compartilhar tudo isso contigo durante uns 40 anos. Você nos deixou prematuramente, após uma batalha travada com determinação e garra, como era padrão em tudo o que você fez. Você deixou um buraco imenso que nunca vamos conseguir preencher. Seu lugar no meu coração é eterno. Segue em paz, meu amor, nas asas do vento”, escreveu Margi.
A primeira grande expedição do piloto durou três anos, entre 1989 e 1992, quando completou a primeira volta ao mundo ao lado de Margi. A segunda volta ao mundo aconteceu em 2001. Por conta dessas jornadas, Gérard foi, e continua sendo, o único piloto a realizar tal feito utilizando aviões fabricados no Brasil (Sertanejo e Ximango). A segunda viagem marítima, no Ximango, é reconhecida pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI) como um voo histórico, sendo a primeira volta ao mundo em um motoplanador.
“Posso dizer que esta foi uma volta do mundo das menos poluentes que já fizemos”, disse Gerard, na época, sobre a aventura. Logo após o feito, em 2003, Gerard iniciou um projeto para analisar as águas das bacias hidrográficas brasileiras denominado “Brasil das Águas”.
Esse primeiro projeto se desdobrou em outros dois, o “Sete Rios” e o “Rios Voadores”. No Sete Rios, o objetivo era fazer expedições à barco ao longo de sete grandes rios brasileiros, coletando amostras de água, identificando riscos e ameaças e, principalmente, trabalhando com as populações ribeirinhas na conscientização pela preservação. Já o “Rios Voadores”, a ideia era avançar nos conhecimentos sobre a origem do vapor de água transportado pelas massas de ar vindas da Amazônia.
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