Lago

Grupos que lutam pela cota mínima e uso múltiplo de Furnas vão a Brasília

Secretário de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, disse que não vê problema em manter a cota mínima no Lago de Furnas

Luciene Garcia - Especial para o Estado de Minas
postado em 17/03/2022 08:31
 (crédito: Thadeu Alencar/Arquivo pessoal)
(crédito: Thadeu Alencar/Arquivo pessoal)

O secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários (SNPTA), Diogo Piloni, recebeu, na manhã desta quarta-feira (16/3), em Brasília, representantes de grupos sociais que lutam em prol do cumprimento da Constituição, que regula e exige o respeito ao multiuso das águas, o que não tem ocorrido nos lagos de Furnas e Peixoto. A audiência seria com o ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, mas ele não compareceu.

A intermediação para se conseguir a marcação da audiência em que foi discutida a pauta se deu por meio do deputado Domingos Sávio (PSDB/MG). Os participantes discutiram a possibilidade de se manter a obra da rodovia Tietê/Paraná, mantendo-se o Lago de Furnas operando entre as cotas 762 mínima e 768 máxima.

Segundo Thadeu Alencar, presidente da Unelagos (União dos Empreendedores do Lago de Furnas), as obras, previstas para o segundo semesntre, não comprometem em nada o funcionamento do Lago de Furnas.

Atualmente, o nível está em 765, acima da cota 762, considerada essencial para a geração de energia e atividades econômicas. No ano passado, a Agência Nacional de Águas (ANA) decidiu reduzir a vazão de Furnas, o que, além das chuvas, ajudou o reservatório a encher.

Para Filipe Carielo, prefeito de Carmo do Rio Claro, presidente da Ameg (Associação dos Municípios do Médio Rio Grande) e vice-presidente da Alago (Associação dos Municípios banhados pelo Lago de Furnas), a reunião marcou história. “Hoje é um dia histórico para todos nós que lutamos a favor da manutenção das cotas mínimas de 762 e 663 para os lagos de Furnas e Peixoto. A obra de derrocada da área de pedral na hidrovia Paraná/Tietê vai aliviar a necessidade de vazão de nossas águas”, disse.

“Na prática, essa obra, que é gigantesca, vai garantir que nossas águas parem de ser "roubadas" e sirvam para garantir seus múltiplos usos na nossa região. Todos que tiram seu sustento do Lago de Furnas, como os piscicultores, pescadores, agricultores que precisam da irrigação, bem como todos ligados ao setor de turismo podem comemorar essa grande vitória, que é de todos nós. Vitória do povo mineiro, em especial do Sul e Sudoeste de Minas Gerais”, complementou.

Na audiência de hoje estiveram presentes representantes do movimento Todos Por Furnas, a Unelagos, Alago, Ameg, Thiago Amaral (advogado e vice-presidente da Unelagos) e representantes da ANA, além do deputado Domingos Sávio.

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