Leste de Minas

Foragido da Justiça, 'Homem-Aranha' de Caratinga está sendo procurado

Geraldo Marcelino Moreira, de 53 anos de idade, o 'Homem-Aranha', foi condenado a 75 anos de prisão pela morte de 1 mulher e 2 crianças, em 2002, em Caratinga

Tim Filho - Especial para o EM
postado em 16/03/2022 19:00 / atualizado em 16/03/2022 19:00
Geraldo Marcelino Moreira, o Homem-Aranha, está foragido da justiça desde 1/7/2021 -  (crédito:  Divulgação Sistema Prisional)
Geraldo Marcelino Moreira, o Homem-Aranha, está foragido da justiça desde 1/7/2021 - (crédito: Divulgação Sistema Prisional)

A polícia está à procura de Geraldo Marcelino Moreira, de 53 anos de idade, conhecido como “Homem-Aranha”, condenado a 75 anos de prisão pela prática de três homicídios com ocultação de cadáveres, em Caratinga, na Região do Rio Doce. Os crimes foram praticados em 2002, sendo dois desses descobertos apenas em 2005.

Ele fugiu do presídio de Governador Valadares em 1 de julho de 2021, quando saiu de forma temporária para ser submetido a uma cirurgia. Foragido da Justiça e circulando por alguma cidade do Leste de Minas, o "Homem-Aranha" tem causado sensação de insegurança às pessoas.

Os crimes cometidos por ele comoveram a população de Caratinga. No primeiro crime, a vítima foi Juliana Abdalla Guilherme, de 26 anos de idade, assassinada em 24/12/2002, e que ficou desaparecida por alguns dias, até partes de seu corpo serem encontradas na zona rural do município, parcialmente queimadas.

À época, o "Homem-Aranha" levou a polícia ao local, depois de apontar outros lugares onde o corpo de Juliana poderia estar. Ele negou o crime por diversas vezes mas, quando as partes do corpo de Juliana foram encontradas, sem saída, ele acabou confessando e foi condenado a 27 anos de prisão, em 2004.

Assassinato de crianças

Ainda em 2002, o desaparecimento de duas meninas de 10 anos de idade, Thaís Grasielle Inácio e Natália Celeste da Silva Moraes, comoveu a população de Caratinga. As famílias das meninas fizeram vários apelos, até mesmo em carros de som, que circularam pelas ruas da cidade, pedindo informações sobre as crianças.

Tudo em vão. Três anos depois, os corpos das meninas foram encontrados, enterrados debaixo de um canteiro, em uma horta, na casa do "Homem-Aranha". À época, um outro corpo de uma menina foi encontrado nesse mesmo quintal, mas os exames de DNA não foram conclusivos para apontar a ossada como a de Josiane Karine, outra garotinha desaparecida.

O "Homem-Aranha" negou de todas as formas ter matado as crianças e ocultado os cadáveres, mas as investigações da Polícia Civil de Minas Gerais e as audiências na justiça, o apontaram como culpado. Levado à júri popular, ele foi condenado a 48 anos de prisão, em 28 de abril de 2011.

Fuga na saída temporária

Em fevereiro de 2021, Moreira, que cumpria pena no presídio de Governador Valadares, conquistou na Justiça o benefício da saída temporária, por estar no regime semiaberto.

Quando conquistou o benefício, ele havia cumprido 9.922 dias de prisão, passando a ter direito a 35 dias de liberdade por ano. E, a cada 7 dias de liberdade, teria o prazo mínimo de 45 dias para ter direito de mais uma saída temporária.

Em uma dessas saídas temporárias, o "Homem-Aranha" solicitou o cumprimento de prisão domiciliar pelo prazo de 60 dias para tratamento de saúde. O pedido foi indeferido. Mas no dia 1 de julho de 2021 ele não retornou ao presídio e teve um mandado de prisão expedido mandado contra ele.

As polícias Civil e Militar pedem que as pessoas que souberem onde está Geraldo Marcelino Moreira, o "Homem-Aranha", que façam a denúncia pelos telefones 190, 181 ou pelo telefone da Delegacia Regional de Polícia Civil de Caratinga: (33) 3322-6500.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação