Caldas Novas

Perita criminal planejou o próprio atentado para mudar de local de trabalho

Káthia Magalhães foi atingida por um tiro no peito enquanto dirigia. Ela era diretora da Polícia Científica e confessou ter forjado o atentado com o auxílio de um ex-servidor

Thays Martins
postado em 14/03/2022 09:11
 (crédito: redes sociais)
(crédito: redes sociais)

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) concluiu, neste sábado (12/3), que a perita criminal Káthia Magalhães planejou o próprio atentado. A diretora da Polícia Científica de Caldas Novas foi baleada enquanto dirigia na quinta-feira (10/3). A perita já foi afastada das funções. 

Segundo a corporação, a perita confessou ter forjado o atentado com o auxílio de um ex-servidor com a intenção de conseguir uma mudança de local de trabalho. O ex-servidor confessou ter atirado na perita e e afirmou que quem entregou a arma para ele foi a própria Káthia. "Ela falou que simulou esse atentado para poder ser transferida para uma unidade melhor. Uma coisa totalmente absurda", explicou o secretário de Segurança Pública de Goiás,  Sidney Miranda, em coletiva de imprensa. 

A polícia já tinha escutado testemunhas que afirmaram terem sido procurados pela policial para que participassem do atentado. "Uma testemunha disse que há um ela já estava procurando pessoas para fazer o disparo. Ela conseguiu esse rapaz. Ela forneceu o acesso ao local que estava armazenado armas para serem periciadas", afirmou o secretário. A polícia ainda não sabe se ela pagou algo para que o atentado fosse executado. 

Káthia foi baleada na GO-213 e precisou passar por um cirurgia. O Correio tentou contato com ela, mas não obteve resposta.

De acordo com a Polícia Civil, a perita responderá criminalmente e a procedimento disciplinar e poderá perder o cargo. "Ela vai ser indiciada por diversos crimes, vai responder a um processo disciplinar e, se tudo fechar,  deve ser denunciada, condenada e demitida", explicou Sidney. 

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