Pandemia

Covid-19: Mais de 10 milhões de idosos ainda não tomaram a 3ª dose

Entre o público de 18 a 59 anos de idade, os dados indicam 54,1 milhões de pessoas com a terceira injeção atrasada

Correio Braziliense
postado em 11/03/2022 06:00
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

O Brasil tem mais de 10 milhões de idosos com a dose de reforço contra a covid-19 atrasada. É o que mostra um levantamento do Ministério da Saúde datado de 4 de março, segundo o qual essas pessoas com mais de 60 anos de idade já poderiam ter tomado a dose de reforço — mas ainda não compareceram aos postos de vacinação ou não entraram nos sistemas de registro.

O Brasil tem 30,3 milhões de cidadãos acima de 60 anos. Para calcular o número de pessoas aptas para a terceira dose, a pasta leva em consideração aquelas que tomaram a segunda há mais de 120 dias e não voltaram aos postos para tomar a seguinte.

Todos os brasileiros que tomaram a segunda aplicação há mais de quatro meses podem buscar a vacinação de reforço. Entre o público de 18 a 59 anos de idade, os dados indicam 54,1 milhões de pessoas com a terceira injeção atrasada. No total, 64,2 milhões de brasileiros estão aptos a recebê-la, mas ainda não compareceram aos serviços de vacinação ou não tiveram a vacina computada, segundo o Ministério da Saúde.

A pasta considera que parte desses números tem relação com atrasos nos registros. Em muitas áreas do país, a vacinação ocorre, mas os dados sobre a pessoa imunizada não são registrados rapidamente. Por isso, é possível que os números não repassados sobre o reforço sejam menores, na prática, do que aqueles que aparecem nos registros do Ministério da Saúde. Entre idosos, porém, a aplicação da terceira dose começou em setembro do ano passado.

O ministério destaca ser "relevante" a quantidade de faltosos na vacinação contra a covid-19. "Reitera-se a necessidade de esforços adicionais empreendidos pelas três esferas de gestão do SUS, como a busca de parceiros para avançar no processo de vacinação, melhorar as coberturas vacinais, principalmente sobre as doses de reforço nos públicos mais vulneráveis", conclui o documento da pasta.

A proteção da vacinação com as duas doses cai com o tempo para todas as faixas etárias, mas, principalmente, entre os idosos. O reforço ativa anticorpos contra a doença e é uma estratégia para deixar os idosos menos vulneráveis em relação à covid-19.

Segundo o ministério, a proporção de vacinados com a dose de reforço está abaixo de 90% para todas as faixas etárias. Em algumas regiões, o índice não chega a 60%. Nenhum estado do Norte, com exceção de Rondônia, alcançou a cobertura de 60% entre jovens ou idosos. No Nordeste, a cobertura com o reforço também é baixa no Maranhão e em Pernambuco.

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