No dia 5 de novembro de 2015, a cidade de Mariana, município de Minas Gerais, foi atingida pelo rompimento da Barragem do Fundão, que era usada para guardar os rejeitos de minério de ferro pela empresa Samarco. O evento causou a destruição do local, contaminou um rio e teve 19 vítimas fatais. Pouco mais de sete anos após o caso, a empresa responsável vai ser julgada na Inglaterra e poderá pagar R$ 32 bilhões a mais de 200 mil pessoas que foram prejudicadas. As informações foram confirmadas pela revista Istoé.
A ação é movida pelas pessoas que foram diretamente afetadas pelo desastre contra a BHP Billiton, grupo anglo-australiano associado à brasileira Vale, na Samarco, mineradora responsável pela tragédia.
O caso tem pedidos de indenização para cerca de 200 mil vítimas, que poderão superar 5 bilhões de libras — o equivalente a R$ 32 bilhões — e, caso seja acolhida pelo tribunal do Reino Unido, ela será o maior processo em número de vítimas e o segundo em valores na história da Inglaterra.
Vale lembrar que o caso foi a juízo em 2018 e julgado em primeira instância em 2020, mas foi rejeitado sob o argumento de que duplicava as iniciativas de reparação de danos em curso no Brasil. Os advogados recorreram e conseguiram uma segunda chance para tentar reabrir o processo.
Em nota, relatada pela Istoé, a BHP reiterou a sua posição de que o processo no Reino Unido é desnecessário e não deve continuar, uma vez que as questões levantadas pelos autores estão cobertas pelo trabalho em andamento da Fundação Renova (a entidade responsável pela mobilização para a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão) e por outras decisões judiciais dos tribunais brasileiros.
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