Atletas da Rússia e Belarus foram autorizados pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês) a competir com bandeira neutra nos Jogos Paralímpicos de Inverno que começam na próxima sexta-feira (4). De acordo com a decisão do IPC, anunciada após reunião nesta quarta (2), os competidores serão denominados "atletas paralímpicos neutros" e, em caso de pódio, será tocado o hino paralímpico. Os dois países também não constarão do quadro de medalhas. As medidas foram adotadas após a invasão militar russa à Ucrânia, iniciada na madrugada da última quinta (24).
"O IPC e o Movimento Paralímpico em geral estão muito preocupados com a violação grosseira da Trégua Olímpica pelos governos russo e bielorrusso nos dias anteriores aos Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim 2022 O Conselho de Administração do IPC está unido em sua condenação a essas ações e concordou que elas não podem passar despercebidas ou não tratadas", afirmou o brasileiro Andrew Parson, presidente do IPC.
A trégua olímpica começou em 4 de fevereiro - sete dias antes do início dos Jogos de Inverno de Pequim - e só termina em 20 de março, sete dias após o encerramento da Paralimpíada.
"É decepcionante para os atletas e todas as partes interessadas nos Jogos que, faltando 48 horas para a Cerimônia de Abertura, a conversa não seja sobre esporte, mas sobre política global", lamentou o presidente do Conselho de Atletas do IPC, Jitske Visser.
Na última segunda (28), o Comitê Olímpico Internacional (COI) foi mais rígido em relação a atletas russos e bielorrussos, recomendando que as federações esportivas proibissem a participação deles em competições esportivas internacionais.
A Paralimpíada de Pequim reunirá 650 atletas de de 48 países até 13 de março, último dia de competição. O Brasil será representado por seis atletas, a maioria do esqui cross-country: Aline Rocha, Cristian Ribera, Guilherme Cruz Rocha, Robelson Moreira Lula e Wesley dos Santos. Já André Barbieri disputará provas do snowboard.
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