A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, ontem, o segundo autoteste para a covid-19 no Brasil. Segundo o órgão regulador, "o produto atendeu aos critérios técnicos definidos" e "teve o desempenho avaliado e aprovado pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), conforme estabelecido no Plano Nacional de Expansão da Testagem (PNE) do Ministério da Saúde".
O primeiro autoexame foi aprovado em 17 de fevereiro. O dispositivo permite a identificação do vírus em secreções nasais coletadas por um cotonete e submetido a processos químicos — o paciente realiza todas as etapas da testagem, desde o recolhimento da amostra até a interpretação do resultado, sem a necessidade de uma ajuda especializada.
A avaliação do pedido de registro pela Anvisa durou 22 dias, nos quais em quatro deles a Eco Diagnostica — fabricante do material — teve de atender exigências técnicas feitas pela Agência e comparecer a reuniões técnicas para apresentação de informações. A colocação do autoteste no mercado brasileiro está, agora, a cargo da empresa detentora do registro.
Somente os autoexames aprovados pela Anvisa podem ser comercializados no país, seja em farmácias ou estabelecimentos de produtos médicos regularizados junto à vigilância sanitária — inclusive on-line. Sites comuns de comércio eletrônico não poderão oferecer o produto.
A Anvisa analisa, atualmente, mais de 30 outros pedidos de registro de autotestes. Segundo a agência, todas as requisições que envolvem produtos relacionados à covid-19 estão sendo priorizadas. "A Anvisa vem se dedicando à avaliação dos produtos que possam ser usados como mais uma ferramenta para o enfrentamento da pandemia de coronavírus", explicou o órgão regulador.
* Estagiárias sob a supervisão
de Fabio Grecchi