O cenário de tragédia de Petrópolis fica cada vez pior já que o número de mortos vítimas dos deslizamentos continua subindo. Segundo a última atualização da Defesa Civil do Rio de Janeiro, 180 óbitos já foram confirmados. O total de vítimas pode subir já que 126 pessoas ainda estão desaparecidas.
A cidade de Petrópolis permanece sob o risco de novas chuvas. Nesta segunda-feira (21/2), moradores de 15 localidades foram alertados, por meio do acionamento de sirenes e envio de SMS, da previsão de pancadas de chuva de moderada a forte.
A previsão de risco geo-hidrológicos feita pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) destaca ainda “que há previsão numérica indicando possibilidade de chuva fraca a moderada para os próximos dois dias, de forma intermitente” na região de Petrópolis.
A Defesa Civil orienta que a população fique atenta aos novos avisos, que podem ser emitidos a qualquer momento.
O número de mortes causadas pelos fortes temporais já é o maior da história no município em decorrência das chuvas, superando a tragédia de 1988, quando 171 óbitos foram registrados.
Articulação
Após uma reunião com integrantes da administração municipal e de órgãos estaduais para alinhar as ações realizadas em Petrópolis, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Petrópolis, apontou a necessidade de maior articulação entre os órgãos públicos que atuam na cidade.
"A promotoria relatou que foram recebidas queixas de pontos de deslizamento onde há notícias de vítimas e não haveria a presença do Corpo de Bombeiros. A corporação sublinhou que a tarefa nesses locais demanda muita técnica devido aos riscos, mas garantiu estar presente em todos as áreas nas quais ocorreram deslizamento de terra", pontuou nota do MPRJ.