O avanço da variante ômicron do coronavírus esfriou a esperança de muitas pessoas de cair na folia durante o carnaval. Para além disso, as autoridades estão se movimentando para cancelar as festas e em muitos estados haverá ponto facultativo ou não será considerado feriado. Tudo isso para evitar as aglomerações em um momento de intensa contaminação e aumento nas mortes e internações.
Duas das maiores capitais do país, São Paulo e Rio de Janeiro, decidiram adiar o desfile das escolas de samba para evitar a disseminação de infecções pelo novo coronavírus — os prefeitos Rodrigo Garcia e Eduardo Paes fecharam que as apresentações nos sambódromos das duas cidades será no feriado prolongado de Tiradentes, em 21 de abril. Aliás, os ingressos para o desfile na capital paulista estão desde ontem disponíveis para venda.
Ainda no Rio e em São Paulo, os blocos carnavalescos de rua estão impedidos de sair este ano por causa do enorme aumento no número de casos de covid-19.
Na semana passada, o governador João Doria (PSDB) decretou ponto facultativo nas repartições públicas de São Paulo entre 28 de fevereiro e 2 de março por causa do carnaval. O decreto passa a valer na segunda-feira (28) e se estende até as 12h da quarta-feira de cinzas (2).
Na última quarta-feira, o governo de Pernambuco anunciou a proibição da realização de qualquer evento público ou privado de carnaval de 25 de fevereiro a 1º de março. A medida é uma nova restrição colocada pelo comitê de emergência de enfrentamento da covid-19 e terá impacto em Olinda e Recife, dois dos principais destinos turísticos dos foliões.
Na Bahia e no Ceará, outros dois estados que costumam receber muitos turistas durante o carnaval, as festas públicas foram suspensas e há restrição na ocupação de lugares para eventos privados. Segundo os governos locais, não haverá ponto facultativo na data, nem será decretado feriado.