O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, recebeu uma comissão do setor de fabricantes de implantes hormonais para audiência nessa quarta-feira (9/2). A área movimenta cerca de R$ 600 milhões por ano, além de empregar mais de 50 mil pessoas direta e indiretamente.
O encontro com o chefe da pasta federal da Saúde faz parte de uma comissão estabelecida recentemente que objetiva reunir todos os fabricantes de implantes hormonais no país. A iniciativa surgiu a partir das próprias empresas, que vinham observando um movimento contra o implante de gestrinona, popularmente conhecido como “chip da beleza”.
“Temos um setor sério que produz implantes hormonais de qualidade reconhecida até internacionalmente e que são prescritos por médicos para o tratamento de patologias como, por exemplo, a endometriose, que aflige de 15 a 20% da população feminina”, explica o farmacêutico Rodrigo Michels Rocha.
O especialista ressalta que os fabricantes não compactuam com o "chip da beleza" e que não comercializam os implantes hormonais livremente, mas sob prescrição médica. “A manipulação resulta em um medicamento regulado por normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e comprovadamente eficaz no tratamento de doenças”, elucida.
Ele afirma ainda que a comissão já pretende ter reuniões com o órgão regulador, com o Conselho Federal de Medicina (CFM) e com a Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag).
Dentre os envolvidos no projeto estão as empresas Artesanal, Biòs Farmacêutica, Elmeco, Formédica, Health Tech, Medless, Opus RX Pharma e Terapêutica.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro