Um venezuelano de 21 anos foi morto em São Paulo em uma briga por causa de uma dívida de R$ 100. O suspeito do crime foi preso nesta terça-feira (8/2).
O assassinato ocorreu na última quinta-feira (3/2) na Rua Rio de Janeiro, no Jardim Oratório, em Mauá, na Grande São Paulo.
De acordo com a Polícia Civil, Marcelo Antonio Larez González e o acusado de tê-lo mata-lo teriam brigado por conta de uma dívida. O assassino seria proprietário do apartamento onde Marcelo vivia. No meio da briga, o suspeito atirou contra Marcelo e fugiu em seguida. A morte do venezuelano foi constatada pela Samu.
Marcelo tinha quatro filhos e morava com a esposa, a sogra e um irmão. A família foi acolhida por vizinhos e está vivendo de doações.
Movimentos sociais têm apontado semelhanças do crime com o assassinato do congolês Moïse Karbamgabe no Rio de Janeiro, no mês passado. A morte do congolês causou revolta pelo país e levantou o debate sobre xenofobia. "Exigimos justiça para o Marcelo e para todas as pessoas migrantes e refugiadas que perdem a vida nesse pais por causa da intolerância e a falta de respeito à diversidade", pediu o coletivo Warmis Convergência de Culturas nas redes sociais.
Em um vídeo, a família de Marcelo pediu justiça. "Pedidos Justiça, Justiça para nosso filho, nosso filho era um filho exemplar, que se dedicava a trabalhar para manter sua família", afirma Onan larez, pai de Marcelo.
Os dois vivem na Venezuela e relataram que não têm como vir ao Brasil para acompanhar as investigações. "A notícia da morte foi recebida com muita tristeza para mim e os irmãos, os familiares. Pedimos justiça. Não temos como chegar ao Brasil e temos uma mulher desamparada com os filhos", disse Susana Del Carmen Larez Gonzáles.
A Embaixada da Venezuela no Brasil emitiu uma nota de pesar pela morte de Marcelo. "Como milhares de venezuelanos, Marcelo e sua família imigraram para este grande país em busca de uma oportunidade para recomeçar a vida. Aos familiares e amigos enviamos nosso abraço sincero e nossa palavra de consolo. As autoridades brasileiras exigimos que faça justiça e se puna o culpado com todo o peso da lei", diz a nota.